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Policiais prendem palestinos no dia mais violento do ano em Jerusalém: anúncio de novos assentamentos israelenses desencadeou confrontos | Baz Ratner/Reuters
Policiais prendem palestinos no dia mais violento do ano em Jerusalém: anúncio de novos assentamentos israelenses desencadeou confrontos| Foto: Baz Ratner/Reuters

Recuo

Enviado dos EUA adia ida à região

Agência Estado

O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, adiou uma visita para Israel ontem. O atraso ocorre em meio a um mal-estar na relação entre os dois países, aliados próximos."Há uma questão de logística. Ele teve uma mudança de agenda em Washington", disse um funcionário do governo dos EUA. "Ele teve algumas reuniões para hoje (ontem) que precisava comparecer."

  • Lula com a primeira dama Marisa durante visita ao Museu do Holocausto

No dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o Mu­­seu do Holocausto e a Cisjordânia, palestinos entraram em choque com forças da polícia de Israel em Jerusalém. Dezenas de pessoas ficaram feridas, dez delas em estado grave. Mais de 60 manifestantes foram detidos.

Os dois lados passam por um momento de crescente tensão, em meio ao impasse entre Israel e os Estados Unidos sobre a decisão israelense de promover novas construções em Jerusalém Orien­­tal, setor da cidade reivindicado pelos palestinos para fundar a capital de um futuro Estado independente.

Manifestantes palestinos lançaram pedras e bloquearam ruas e avenidas em vários pontos de Jerusalém Oriental. A polícia israelense reforçou o controle na cidade, nos últimos dias, em meio à crescente tensão.

Ontem, policiais reprimiram os manifestantes com balas revestidas de borracha e granadas de efeito moral, segundo a polícia. A polícia israelense também impediu a entrada de alguns ônibus vindos para Jerusalém com palestinos com cidadania israelense, que planejavam se unir aos protestos. Na semana passada, o go­­verno israelense anunciou que pretende construir 1.600 novas habitações para judeus em Je­­rusalém Oriental.

O anúncio coincidiu com a visita do vice-presidente dos Esta­­dos Unidos, Joe Biden, à re­­gião. O governo dos EUA encarou o anúncio como um desafio aos esforços da administração Barack Obama para mediar conversações indiretas entre o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e os palestinos.

Apelo à paz

Em Belém, na Cisjordânia, segunda etapa de sua viagem ao Oriente Médio, Lula disse que o mundo tem pressa em ver a paz entre pa­­lestinos e israelenses. Em discurso a empresários brasileiros e palestinos, o líder brasileiro disse so­­nhar com o dia em que os dois povos consigam conviver e trabalhar juntos pelo desenvolvimento da região e foi muito aplaudido ao defender um acordo entre o Mer­­cosul e a Autoridade Palestina.

"Eu converso com palestinos e estes dizem que as negociações estão boas. Eu converso com os israelenses e eles dizem a mesma coisa. Mas claramente há algo errado", afirmou o presidente.

Lula também recepcionado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

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