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Dezenas de milhares de muçulmanos marcharam neste sábado (11) na principal cidade da Caxemira Indiana, incendiando edifícios do governo e da polícia no mais recente protesto contra o controle de Nova Délhi na região. A atual série de manifestações é a maior em dois anos.

A polícia disparou gás lacrimogêneo e tiros para o alto para dispersar a multidão em Srinagar, local que é o centro de 20 anos de insurgência contra o domínio indiano em uma região crucial para que haja relações pacíficas entre Índia e Paquistão.

Os protestos, que já duram três meses, causaram a morte de 70 pessoas até agora, a maioria manifestantes que atiravam pedras contra forças de segurança. As mortes de vários civis foram atribuídas à dura repressão das autoridades.

As manifestações não mostraram sinais de enfraquecimento, apesar dos pedidos de calma feitos pelo governo indiano e por líderes separatistas.

Após orações do Eid para marcar o fim do mês do jejum do Ramadã, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas, saindo das mesquitas de Srinagar, capital de verão na Caxemira, empunhando bandeiras verdes islâmicas e gritando "Não há Deus a não ser Alá" e "Índia, recue".

A maior manifestação foi chefiada pelo líder separatista Mirwaiz Umar Farooq.

Centenas de caminhões e ônibus levaram pessoas, muitas delas sentadas nos topos e penduradas nas janelas, para as orações do Eid, que depois se transformaram em um protesto pela independência.

A violência ocorre enquanto a Índia tenta responder a manifestações remanescentes do fim da década de 1980, quando protestos contra o domínio indiano causaram um conflito armado separatista que já custou a vida de mais de 47 mil pessoas.

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