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A equipe com duas assistentes sociais e uma psicóloga da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres começou nesta terça-feira (5) de manhã, em Paramaribo (capital do Suriname), a avaliação das 20 mulheres que afirmam ter sido vítimas de estupro e violência sexual. As vítimas dizem ter sido atacadas durante ação contra brasileiros em uma região de garimpo no país vizinho. Depois dessas avaliações preliminares deverão ser enviados médicos.

As assistentes sociais e a psicóloga vão avaliar as condições psíquicas e necessidades materiais das vítimas. As mulheres estão sendo examinadas nos hotéis em que estão hospedadas e outras nas casas de amigos onde foram abrigadas após os ataques. Depois da tomada de depoimentos, as especialistas analisarão se há necessidade de enviar médicos para o Suriname.

Os médicos, se enviados, deverão prescrever a pílula do dia seguinte, evitando assim a gravidez indesejada, e exames para verificação de doenças sexualmente transmissíveis e aids.

Segundo a subsecretária de Enfrentamento à Violência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, o trabalho das assistentes sociais e psicóloga é essencial porque o trauma causada pela agressão sexual é imenso e as vítimas precisam de apoio especializado.

Na véspera do Natal, na madrugada do dia 24, um grupo de cerca de 300 "marrons" - descendentes de escravos com tradições e leis próprias - atacou aproximadamente 200 brasileiros, chineses e javaneses. Houve agressões físicas, estupros e depredações. Apenas entre os brasileiros houve 25 feridos, dois deles graves – um com risco de amputação do braço e outro com a mandíbula fraturada.

As vítimas relataram que a madrugada foi de terror e que os sinais das agressões ficarão nos corpos e nas mentes. Desde o ataque, há um reforço do policiamento na região de de Albina (localizada a 150 quilômetros de Paramaribo), onde houve o conflito, e também no interior do país.

Os brasileiros foram retirados da região de Albina. A maioria está hospedada em quatro hotéis na capital do Suriname, alguns foram para casas de amigos e um pequeno grupo retornou ao Brasil. O último grupo, com 32 brasileiros, voltou ao país no dia 31.

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