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"As pessoas estão cansadas da política republicana dos últimos anos. Apesar de McCain tentar se diferenciar de Bush, nunca houve uma ação ousada mostrando que seria diferente", afirmou o professor David Epstein | Brian Snyder / Reuters
"As pessoas estão cansadas da política republicana dos últimos anos. Apesar de McCain tentar se diferenciar de Bush, nunca houve uma ação ousada mostrando que seria diferente", afirmou o professor David Epstein| Foto: Brian Snyder / Reuters

O Partido Republicano deve se recolher e se reformular com a antecipada derrota do candidato John McCain. Por outro lado, se o candidato do Partido Democrata, Barack Obama, perder haverá protestos, caos e percepção de que o resultado foi roubado porque ele era afro-americano, afirmou o professor de Ciências Políticas da Columbia University, David Epstein, em Nova York. "Seria seriamente desestabilizador. Não acredito que a vitória de McCain possa ser nada além de seriamente desestabilizador", reiterou para jornalistas, em Nova York.

"As pessoas estão cansadas da política republicana dos últimos anos. Apesar de McCain tentar se diferenciar de Bush, nunca houve uma ação ousada mostrando que seria diferente", ponderou. O acadêmico avalia que a população está "pronta para mudança e Obama foi bom mensageiro para isso. E quando se fala em mudança se fala em juventude", acrescentou.

Epstein pondera que, nas últimas décadas, os democratas se tornaram parte da responsabilidade fiscal nos EUA. "Eles equilibraram o Orçamento, levando a superávits, enquanto os republicanos têm operado déficits. Os republicanos não têm sido capazes de resistir aos pedidos da direita para (aumentar gastos). Talvez então, os republicanos estejam agora redistribuindo riqueza. Eles fizeram um bom trabalho nisso nos últimos anos. A noção de que Obama é socialista, ou que está distribuindo mais a riqueza é fantasia", avaliou.

Ainda, para o professor, há "pouca evidência" de que Obama seria mais fraco em política externa que McCain. No entanto, Epstein diz que não vê muita diferença na forma como ambos candidatos tratariam questões relacionadas à Europa. Quanto à América do Sul, o professor também acredita que tanto o democrata quanto o republicano devem se inclinar para "fortalecer laços com Brasil, Argentina e outros grandes parceiros. Esperaria ver qualquer administração com uma posição de maior cooperação com a América do Sul".

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