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O ministro da Economia da Argentina e candidato à presidência pela coalizão peronista, Sergio Massa, lidera a corrida eleitoral para assumir a chefia da Casa Rosada
O ministro da Economia da Argentina e candidato à presidência pela coalizão peronista, Sergio Massa, lidera a corrida eleitoral para assumir a chefia da Casa Rosada| Foto: EFE/Juan Ignácio Roncoroni

O atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, foi o vencedor do primeiro turno eleitoral nas eleições presidenciais deste domingo (22), após conquistar 36% dos votos totais, frente aos 30% recebidos pelo libertário Javier Milei, da coligação A Liberdade Avança.

Essa liderança inesperada do peronista para assumir a gestão da Casa Rosada vem acompanhada de um forte impacto monetário de seu Plano Prata, que já usou o equivalente a 2% de fundos do PIB argentino para repassar subsídios estatais à população.

Os últimos gastos do governo envolvem o congelamento do preço do combustível e das taxas de serviço público no país, que tendem a aumentar com o descontrole inflacionário e a suposta impopularidade do atual governo na crise econômica.

Às vésperas das eleições, Massa defendeu em sua campanha novos repasses de subsídios ao transporte na Argentina para que os passageiros paguem menos de 5% do preço cobrado.

No atual contexto econômico de uma Argentina em crise, o transporte sem subsídio elevaria a passagem de trem a 1.100 (R$15,75) pesos argentinos e a de ônibus a 700 (R$10). O mesmo acontece com as tarifas de eletricidade e gás.

As promessas de Massa nesse cenário catastrófico, onde o país afunda cada vez mais sua economia já agravada durante o governo de Alberto Fernández, colocam em questão sua proposta governista de estabilização da inflação, uma vez que os gastos do Estado tendem a aumentar e as reservas do Banco Central são negativas.

No final de agosto, o ministro da Economia anunciou uma série de medidas para amenizar a queda do poder de compra da população devido à desvalorização de 22% do peso que ele mesmo validou em 14 de agosto.

Foram apresentados abonos fiscais a pequenas e médias empresas e o pagamento de bônus extraordinários destinados a aposentados e trabalhadores argentinos, em uma tentativa de frear a inflação no país, que já superava os 100%.

A liderança do peronismo ocorre em um momento de alta no preço dos alimentos no país, que aumentaram de 25% a 30%, em alguns setores, de acordo com comerciantes locais.

Dívida com FMI

Em meio aos novos subsídios oferecidos pelo ministro da economia argentina e candidato à presidência, Sergio Massa, o país precisa cumprir com o pagamento de uma dívida com o FMI, após a assinatura de um acordo em 2022 de refinanciamento estimado em US$ 57 bilhões (cerca de R$ 276 bilhões), da dívida contraída no ano de 2018, durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019).

Segundo turno em novembro

Sergio Massa disputa a presidência do país com o libertário Javier Milei, no dia 19 de novembro, em um segundo turno.

Os números divulgados pelo Diretório Nacional Eleitoral (DINE, na sigla em espanhol), mostram que Massa venceu o primeiro turno eleitoral com 36,05% dos votos, contra 30,39% de Milei. Já Patricia Bullrich aparece em terceiro lugar com 23,68% e segue fora da corrida para a presidência do país.

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