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Curitiba – Mesmo distante, o jornalista nigeriano Innocent Chinedu Okafor, de 36 anos, se preocupa com a situação em que seu país se encontra. Morando há 5 anos em Curitiba, Okafor, que dá aulas particulares de inglês, conta que teve de deixar o seu país por medo de perder a vida. Ele e mais quatro colegas escreveram reportagens denunciando casos de corrupção na Nigéria.

"Três dos meus colegas morreram misteriosamente em duas semanas. Não esperei para saber se seria o próximo", afirma.

Para Okafor, não é possível classificar a fraude que houve na eleição presidencial, ocorrida em abril deste ano. "A União Européia condenou a corrupção no pleito, mas os EUA não. Por que querem que a Nigéria aceite a fraude? Só por interesse econômico?", diz.

Okafor não acredita que haverá mudanças com o novo governo de Umaru Yar’Adua. "Ele e o ex-presidente Olusegun Obasanjo, que governou o país desde 1999, são frutos da mesma árvore", compara.

O jornalista conta algumas das contradições da Nigéria. "Apesar de o país ser o sexto exportador mundial de petróleo, precisa importar gasolina por conta da precariedade em algumas de suas refinarias", critica.

"A Nigéria é um país rico, mas a riqueza está nas mãos de 2% da população. É um país que ainda pode mudar a realidade de seu povo, recursos não faltam", acrescenta.

O comércio intenso da Nigéria com a China também preocupa. "Muitos chineses estão indo morar na África. Inúmeras empresas chinesas estão atuando na região, mas os salários são baixos e a exploração de trabalhadores ocorre assim com o na China."

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