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Curitiba – A estratégia que garantiu a hegemonia dos Estados Unidos sobre o Ocidente depois da 2.ª Guerra Mundial (1939–1945) explica o interesse norte-americano pela criação de uma base militar num país longínqüo e economicamente fraco como o Paraguai, afirma o doutor em Ciências Militares Sérgio Augusto da Silva Zilio (foto), que estuda questões de segurança internacional há 40 anos. Para ele, a tríplice fronteira faz parte de um plano que só atingiria seu ideal se todo o planeta pudesse ser vigiado por Washington.

Os EUA, único país com experiência de lançamento de uma bomba atômica, decidiram se antecipar a qualquer ameaça desde a década de 50, relata Zilio. A estratégia, que exige a constante instalação e remoção de bases militares no exterior, deve consumir mais de US$ 1 trilhão este ano, segundo estimativas do próprio governo norte-americano.

"Depois da 2.ª Guerra Mundial, não tivemos um único dia de paz", observa Zilio. A seu ver, a política expansionista tornou os Estados Unidos dependentes da guerra. "Eles chegam ao requinte de calcular o percentual das baixas para encaminhar o número exato de contêineres necessário para recolher os corpos", observa.

O plano preventivo colocado em prática depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 valoriza a coleta de informações sobre supostos inimigos, relata o pesquisador. As décadas de domínio e investimento deram ao Pentágono experiência e reforçaram a tendência norte-americana à dominação, acrescenta. Em sua avaliação, a fragilidade da democracia no Paraguai facilita essa tarefa. (JR)

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