• Carregando...

Nova Iorque – A presidente da Assembléia Geral da ONU, Haya Rashed al-Khalifa, suspendeu ontem por cinco dias as votações para a escolha de um representante latino-americano no Conselho de Segurança (CS), perante do impasse entre as candidaturas de Guatemala e Venezuela. Khalifa tomou a decisão após a 41ª votação, na qual os dois adversários voltaram a ficar abaixo dos dois terços necessários para garantir uma vaga no CS: a Guatemala com 100 votos e a Venezuela com 82.

A próxima rodada de votações será realizada na próxima terça-feira. Assim, o Grupo de Países Latino-americanos e do Caribe (Grulac) terá mais tempo para chegar a uma solução na escolha do país que ocupará o assento que a Argentina deixará livre em 1º de janeiro.

Os países da América Latina e do Caribe fracassaram ontem em sua tentativa de resolver o impasse na escolha de um dos dois assentos da região no CS. O presidente do Grulac, o embaixador do Equador perante a ONU, Diego Cordovez, promoveu ontem uma reunião de emergência para evitar um novo dia de votações infrutíferas na Assembléia.

Em meio a grandes expectativas, os países foram ao encontro com a esperança de que Guatemala e Venezuela concordassem em retirar sua candidatura em benefício de uma terceira nação do grupo, a ser eleita por consenso.

A Venezuela, que durante muito tempo se negou a retirar sua candidatura por entender que isso seria como ceder às pressões dos Estados Unidos, anunciou que estava disposta a "buscar" uma saída para o impasse, segundo disse seu embaixador, Francisco Arias Cárdenas. Na reunião, os venezuelanos propuseram como candidato de consenso a Bolívia, depois da conversa, nesta terça-feira, que os presidentes Hugo Chávez e Evo Morales tiveram sobre a questão.

Paralelamente, outros países surgiram como possíveis candidatos. Um deles foi a Costa Rica, proposta pelo próprio presidente do Grulac. No entanto, nenhuma destas propostas teve grande fôlego, pois a Guatemala anunciou sua intenção de prosseguir na disputa, com a confiança de angariar o apoio dos dois terços dos 192 países das Nações Unidas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]