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La Paz - O resultado das eleições de domingo para a Assembléia Constituinte não deve influenciar as negociações entre a Bolívia e o Brasil para o estabelecimento de um novo preço para o gás natural boliviano, segundo analistas e diplomatas consultados em La Paz. Alguns deles defende a tese de que um triunfo não muito contundente do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) enfraquece a posição do governo de Evo Morales nas negociações com o Brasil. Mas ela cai por terra por duas razões. Primeiro, a votação de domingo foi amplamente favorável a Evo. Segundo, o acordo firmado na semana passada entre Evo e o presidente argentino, Néstor Kirchner – sobre o preço do gás –, terá muito mais peso nas negociações entre Bolívia e Brasil do que qualquer resultado eleitoral.

No domingo, Evo deu a entender que pretende voltar a aproximar-se com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem suas relações ficaram abaladas após a decisão de nacionalizar as operações de gás e petróleo, em 1.º de maio.

O MAS obteve 40,54% dos 930.433 votos apurados oficialmente até o fechamento desta edição, para a eleição da Assembléia Constituinte. Em segundo lugar está a aliança conservadora Poder Democrático e Social (Podemos), com 148.081 votos (18,73%). Quando ao referendo sobre a possibilidade de dar maior autonomia política e administrativa aos nove departamentos da Bolívia, o "não" ganha por apenas dois décimos do – "sim" (50,1% contra 49,9%), com 929.710 votos apurados.

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