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O Puyehue: transtorno desde junho | Claudio Santana/AFP
O Puyehue: transtorno desde junho| Foto: Claudio Santana/AFP

As cinzas do vulcão chileno Puyehue, em atividade desde junho, voltaram a causar transtornos em voos internacionais no Brasil e nas capitais argentina e uruguaia, ontem. O deslocamento de nuvens de cinzas vulcânicas fez com que a companhia aérea brasileira TAM cancelasse todos os seus voos de e para os aeroportos de Buenos Aires (Ezeiza e Aero­parque) e Montevidéu, no Uruguai. As informações são da assessoria de imprensa da companhia, que informou também, em nota, que a medida foi necessária para garantir a segurança de clientes e tripulantes, e que irá analisar a densidade e o deslocamento das nuvens para retomar as operações o mais rápido possível.

No Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, a companhia aérea Gol informou que todos os voos com destino ao aeroporto portenho de Ezeiza e para Montevidéu também foram cancelados.

Em Buenos Aires, o aeroporto Jorge Newbery, que realiza operações domésticas e regionais, foi fechado na manhã de ontem. O secretário de transportes argentino Juan Pablo Schiavi declarou para televisões locais que, antes de retomar as operações, é necessário que a "a nuvem de cinzas passe". Em Bariloche, ventos de 80 km/h levantaram cinzas acumuladas na pista do aeroporto, o que causou o fechamento menos de um mês após a reabertura. O local permaneceu sem funcionar entre 4 de junho e 17 de setembro, após o início da erupção do vulcão, o que prejudicou a atividade turística, já que a cidade é um dos principais destinos da Argentina no inverno. Na época, Bariloche ficou coberta de cinzas.

Em Montevidéu, o Aeroporto Internacional de Carrasco permanece aberto, mas foram cancelados 15 voos internacionais. Rotas com destino ou origem em São Paulo, Buenos Aires e Santiago foram as mais prejudicadas. A empresa LAN Argentina informou que "foram afetados voos para Mendoza, Tucumán, Ushuaia, Iguazú, San Pablo, Neuquén, Salta e Bahía Blanca". No último sábado, as cinzas já haviam cancelado partidas da Aerolíneas Argentinas e da LAN para o sul do país.

As erupções do Puyehue começaram no início de junho, afetando o espaço aéreo do cone sul por várias semanas. A última atividade importante do vulcão havia sido em 1960, dois dias após um terremoto intenso na região. Além dos cancelamentos de operações aéreas no Chile, Uruguai, Argen­tina e Brasil, o tráfego aéreo vindo da Austrália e da Nova Zelândia, com escalas na região, também foi suspenso.

As cinzas de vulcão representam um sério risco à aviação, pois quando sugadas pelos motores podem se transformar em vidro fundido, por causa das altas temperaturas, e provocar falhas no funcionamento da aeronave.

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