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Bruxelas (EFE) — As condições meteorológicas extremas que têm atingido a Europa com secas e incêndios nos países do sul e chuvas torrenciais nos Alpes e na bacia do Rio Danúbio são resultado da mudança climática provocada pelo modelo energético escolhido pelos seres humanos, afirmou na sexta-feira a organização ambiental Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês).

O relatório "Mudança climática e fatores meteorológicos na Europa", divulgado pela organização, mostra como a abundância de desastres que caracterizam os últimos anos no continente se encaixam nas previsões científicas mais pessimistas sobre as conseqüências do aquecimento global.

A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera cresceu 36% em relação à era pré-industrial. De acordo com os registros históricos, o aquecimento parece progressivo. Os dados mostram que os oito anos mais quentes da história da Europa se concentram nos últimos 15 anos.

O aumento da temperatura é geral, porém mais forte no sul que no norte do continente. A variação se traduz em um comportamento ‘esquizofrênico’ das chuvas. Enquanto na Espanha, na Itália e em Portugal as chuvas diminuíram 20% durante o último século, no norte da Europa aumentaram entre 10% e 40%. As projeções indicam que este contraste é mais extremo no verão, com secas mais severas e maior risco de incêndios no sul e chuvas torrenciais mais freqüentes no interior do continente.

Para o WWF, a primeira tarefa deve ser a troca do modelo energético e a substituição dos processos produtivos baseados em combustíveis fósseis por fontes de energia mais limpas.

Origem

39% das emissões de dióxido de carbono (CO2) da Europa são lançadas na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural. Para a WWF, é preciso trocá-los por fontes mais limpas, como o biodiesel e a energia solar.

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