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Ditadores se encontraram em Pequim, na segunda visita do cubano à China, e assinaram 12 documentos de cooperação
Ditadores se encontraram em Pequim, na segunda visita do cubano à China, e assinaram 12 documentos de cooperação| Foto: EFE/Alejandro Azcuy/Presidência de Cuba

O ditador da China, Xi Jinping, e seu homólogo de Cuba, Miguel Díaz-Canel, tiveram uma reunião nesta sexta-feira (25) em Pequim, na qual o líder chinês declarou que seu país “fará todo o possível para proporcionar apoio” aos cubanos, que, em sua opinião, “enfrentam grandes desafios”, segundo informou a imprensa local.

Xi garantiu que, “independentemente da situação internacional”, o país asiático não mudará sua política de “amizade” com Cuba ou sua “vontade de trabalhar” com a ilha para “proteger a justiça internacional e se opor à hegemonia”.

Por sua vez, o ditador cubano, que chegou esta manhã à China para uma visita oficial de dois dias, mencionou a crise econômica em seu país e indicou que conta com “o apoio de países amigos como a China”, segundo informou o regime cubano no Twitter.

Díaz-Canel transmitiu a Xi “as cordiais saudações de seu amigo, o general do Exército Raúl Castro” e lembrou que Fidel Castro destacou “a capacidade e a firmeza” do atual ditador chinês, justamente no dia em que se completa o sexto aniversário da morte do ex-ditador cubano.

O governante caribenho também garantiu que valoriza “de forma muito positiva” as “contribuições teóricas e práticas para a construção do socialismo” por parte de Xi Jinping à frente do Partido Comunista Chinês, afirmou o regime da ilha.

O líder chinês expressou a disposição de Pequim de “aprofundar a confiança política mútua e ampliar a cooperação prática” com Havana e ressaltou que as relações entre os dois países são “um caso exemplar de solidariedade e cooperação entre países socialistas e apoio sincero entre os países em desenvolvimento”.

Após o encontro, foram assinados 12 documentos, entre os quais um plano de consultas entre as chancelarias dos dois países, um memorando de entendimento para a promoção da Nova Rota da Seda, plano do gigante asiático de infraestrutura em mais de 60 países, e um memorando para o “fortalecimento da cooperação econômica e comercial” entre as duas nações.

Da mesma forma, foi organizada uma cerimônia de entrega e recepção de matérias-primas, uniformes escolares, doações em dinheiro, suprimentos médicos e medicamentos para Cuba, que atravessa um dos piores momentos econômicos das últimas décadas, marcado por uma grave crise energética.

Díaz-Canel chegou a Pequim nesta madrugada, a convite de Xi Jinping, depois de visitar Moscou e Ancara nos últimos dias, onde se encontrou com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

A visita anterior do ditador cubano à China ocorreu em novembro de 2018 e durou três dias: ele se reuniu com Xi, com quem concordou em promover laços de amizade entre os dois países, e foram assinados vários acordos bilaterais.

A atual estadia do ditador cubano acontece em uma “bolha anti-Covid”, modalidade de circuito fechado em que os visitantes não têm contato com o exterior, cumprindo as rígidas restrições que a China mantém desde o início da pandemia e que estão revoltando a população local e levando o país ao pior desempenho econômico desde os anos 1970.

A viagem de Díaz-Canel à China é a primeira de um líder latino-americano ao país asiático desde o final do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em outubro e no qual Xi Jinping foi reeleito para um terceiro mandato como secretário-geral, algo inédito entre seus antecessores imediatos, dando carta branca para aprofundar a trilha autoritária do seu período à frente do Executivo local, iniciado em 2013.

Cuba foi, em 1960, o primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, criada em 1949.

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