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O novo governo de Israel, liderado pelo direitista Benjamin Netanyahu, fará concessões aos árabes, mas desde que haja um sério comprometimento dos palestinos em parar os ataques contra o território israelense, afirma Yair Recanati, embaixador itinerante de Israel para a América latina. Leia trechos da entrevista concedida por ele à Gazeta do Povo:

Qual é sua expectativa em relação ao novo governo de Israel?

A direita e a esquerda interpretaram o resultado da eleição em termos do conflito israelo-palestino, não em termos econômicos. Quando Israel abandonou a Faixa de Gaza (em agosto de 2005), a ideia era mostrar aos vizinhos a disponibilidade de Israel de criar um Estado palestino independente. Mas nossos vizinhos, em vez de construir escolas, fábricas, ruas e hospitais, se dedicam a construir mísseis que lançam contra Israel. Nas eleições anteriores, a população israelense votou mais à esquerda. Agora se voltou à direita.

A direita promete fazer concessões e estabelecer a paz com os árabes, mas desde que haja concessões do lado de lá também. Não é que a direita tenha uma posição belicosa, mas, sim, uma posição de maior segurança. Menos flexível quanto a concessões unilaterais.

É possível acabar com o Hamas militarmente, como foi tentado na última operação na Faixa de Gaza? No longo prazo, isso faz sentido?

A solução é negociar. Mas como negociar com uma organização terrorista que quer nos destruir? Não temos espaço de negociação. O problema é que os palestinos estão divididos. A Faixa de Gaza é administrada pelo Hamas, uma organização terrorista. E a Cisjordânia é controlada pelo Fatah, com quem Israel está negociando um acordo de paz. Mas o Fatah não administra todos os palestinos, então estamos numa situação tremendamente complicada.

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