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A blogueira cubana Yoani Sánchez informou nesta quarta-feira (30), via Twitter, que recebeu seu passaporte, duas semanas depois de entrar em vigor uma reforma migratória que eliminou a obrigação de pedir permissão para fazer viagens ao exterior. O privilégio, no entanto, não foi concedido ao dissidente Angel Moya, que afirmou nesta quarta-feira ter seu pedido de passaporte negado.

"Incrível. Me ligaram na minha casa para me dizer que meu passaporte já estava pronto. Acabam de me entregar", comemorou a dissidente.

A situação de Moya foi diferente. O cubano contou que foi a um escritório de imigração nesta quarta-feira para apresentar a documentação para solicitar um passaporte, mas lhe informaram que seu pedido não poderia ser atendido devido a razões de "interesse público" não especificadas. Moya é um dos 75 ativistas anti-governo que foi preso em uma operação em 2003.

A rejeição sugere que Cuba vai limitar o direito de seus cidadãos de viajar pelo menos em alguns casos. Outros opositores do governo, no entanto, foram informados de que terão permissão para obter passaportes, e os pedidos estão sendo processados.

Também nesta terça-feira, a blogueira dissidente Yoani Sánchez usou o Twitter para reclamar da demora da entrega do passaporte: "O longo letargo da burocracia em Cuba. O passaporte ainda não está pronto e dizem que vai chegar na semana que vem", afirmou.

A reforma migratória entrou em vigor em 14 de janeiro. A permissão para sair da ilha é exigida desde os primeiros anos do regime de Fidel Castro. Autoridades podiam aceitar ou negar, ao custo de US$ 150, um valor alto em um país no qual o salário mensal médio equivale a US$ 20.

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