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O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse a um emissário que está disposto a negociar e a ceder em sua aspiração de convocar uma Assembleia Constituinte se isso levar a uma saída da crise política. A condição para esta decisão é que o governo interino revogue o estado de sítio no país.

Era esperada nesta sexta a chegada de uma missão avançada da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vai preparar a visita de uma comissão de chanceleres e do secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, que deve chegar a Honduras no dia 7 de outubro. A missão que chega ao país é encabeçada pelo secretário de assuntos políticos da OEA, Víctor Rico.

Carlos Eduardo Reina, líder da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado, que está com Zelaya dentro da embaixada brasileira, disse nesta sexta-feira à rádio HRN que "estamos prontos para negociar, para o diálogo, mas o governo de facto deve, antes disso, suspender as restrições aos direitos civis".

Reina disse que Zelaya aceita desistir de convocar uma Assembleia Constituinte porque este é um dos doze pontos do acordo de San José, apresentado pelo presidente da Costa Rica Oscar Arias. Mas disse que não seria responsável se, daqui a algum tempo, o povo hondurenho desejar impulsionar esse mecanismo. "É uma aspiração genuína do povo", afirmou.

Outro líder da Frente, Juan Barahona, disse desconhecer a existência de uma proposta particular de conversação, embora tenha destacado que Zelaya, deposto em 28 de junho, sempre esteve disposto ao diálogo. "Para iniciar um diálogo franco e em ambiente sincero, é preciso primeiro devolver os direitos e desmilitarizar a cidade", afirmou.

"Parece que estamos em guerra", disse ele à Associated Press em referência à forte presença da polícia e de militares nas concentrações a favor de Zelaya. Micheletti se reuniu ontem com representantes do setor empresarial e com magistrados para discutir as implicações do decreto e disse que vai revogá-lo no "momento oportuno".

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