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Guerra na Ucrânia

Zelensky alfineta Trump em encontro da UE: “Vocês ficaram ao nosso lado”

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é recebido em Bruxelas pelo chefe do Conselho Europeu, António Costa, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON)

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alfinetou o presidente americano, Donald Trump, ao dizer numa cúpula da União Europeia (UE) que está sendo realizada nesta quinta-feira (6) em Bruxelas que o bloco segue ao lado do país invadido pelos russos, enquanto os Estados Unidos bloquearam ajuda externa, militar e de inteligência desde que o republicano voltou à Casa Branca, em janeiro.

No evento na Bélgica, Zelensky foi recebido com sorrisos pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, num contraste com o bate-boca que o presidente ucraniano protagonizou com Trump e o vice-presidente americano, J. D. Vance, na semana passada em Washington.

“Estamos aqui para defender a Ucrânia”, disse Costa, que preside o encontro emergencial sobre a guerra.

Em resposta, Zelensky afirmou: “Durante todo esse período e na semana passada, vocês ficaram ao nosso lado. [...] De todos os ucranianos, de toda a nossa nação: um grande agradecimento. Somos muito gratos por não estarmos sozinhos.”

Segundo informações da agência Reuters, alguns líderes europeus ainda têm a esperança de convencer os Estados Unidos a seguir ajudando a Ucrânia contra a invasão russa, embora a gestão Trump tenha imposto a condição de que só desbloqueará a ajuda a Kiev caso Zelensky volte a negociar a cessão de terras raras e outros recursos naturais aos americanos e um cessar-fogo com Moscou.

“Devemos garantir, com a cabeça fria e sábia, que o apoio dos EUA também seja garantido nos próximos meses e anos, porque a Ucrânia também depende do apoio deles para sua defesa”, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Trump, entretanto, não se comprometeu a estabelecer garantias de segurança futura para a Ucrânia e tem dito que a Europa precisa cuidar da sua própria defesa. O presidente americano vem cobrando que os países europeus gastem ao menos 5% do PIB em defesa, mais que o dobro da meta atual de 2% estabelecida para os países da OTAN.

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