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Zelensky diz que teve reunião “séria e construtiva” com militares do Reino Unido e da França

O presidente da Ucânia, Volodymyr Zelensky (Foto: EFE/EPA/STRINGER)

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira (4) que teve uma “conversa séria e construtiva” com representantes militares do Reino Unido e da França, durante uma reunião realizada com autoridades ucranianas para discutir o reforço da cooperação estratégica contra a invasão russa.

O encontro, classificado por Zelensky como “fundamental”, tratou da possível presença de forças internacionais em território ucraniano para garantir a implementação de um futuro acordo de paz com Moscou.

“Tivemos uma conversa séria e construtiva”, afirmou Zelensky em seu canal oficial no Telegram, acrescentando que os diálogos incluíram discussões sobre apoio “em terra, no ar e no mar”, além de sistemas de defesa aérea e outras “questões sensíveis”. Segundo o presidente, os parceiros ocidentais já demonstram “muito entendimento” sobre as reais necessidades da Ucrânia no enfrentamento à agressão russa.

Zelensky também revelou que essas reuniões ocorrerão de forma contínua, indicando que o compromisso do Reino Unido e da França com a defesa da Ucrânia tende a se aprofundar nas próximas semanas.

“É muito importante que trabalhemos nesse formato permanente”, afirmou o líder ucraniano, acrescentando que os encontros entre oficiais militares serão realizados “toda semana”.

Após a reunião estratégica, Zelensky anunciou que, no início da próxima semana, a Ucrânia escolherá um escritório de advocacia para representar seus interesses nas negociações com os Estados Unidos. Este escritório deverá ficar responsável por defender a Ucrânia na negociação do acordo com o Washington sobre minerais e terras raras.

“Terei uma grande reunião com nossa equipe, onde me serão apresentados todos os pontos do acordo que nos satisfazem, ou que reflitam a justiça do acordo em nossa visão”, declarou Zelensky em uma coletiva de imprensa.

Ainda segundo o presidente, uma equipe técnica será enviada aos Estados Unidos para avançar no diálogo sobre o acordo. Ele esclareceu que não participará pessoalmente da missão, mas afirmou que “a América está pronta” para exercer pressão diplomática sobre Moscou.

“Falamos sobre aumentar a pressão com sanções sobre os russos, porque eles não querem acabar com a guerra”, afirmou. “E claro que o primeiro passo para acabar [com a guerra] é um cessar-fogo. Estamos esperando por esses passos, esperamos há muito tempo”, concluiu.

A movimentação diplomática acontece no mesmo dia em que um ataque russo atingiu a cidade natal de Zelensky, Krivi Rig, matando ao menos 16 pessoas, incluindo seis crianças, segundo atualização feita pelo chefe da administração militar regional, Sergey Lisak. O míssil balístico russo atingiu uma área residencial no centro da cidade, ferindo mais de 50 pessoas e danificando cinco edifícios.

“Um míssil russo contra uma cidade normal. Apenas na rua. Em uma área com prédios residenciais. Estimativas preliminares indicam um míssil balístico. Até agora, sabemos de 14 mortos, incluindo seis crianças”, escreveu Zelensky em suas redes sociais mais cedo, antes da confirmação oficial do número de vítimas fatais.

O presidente voltou a condenar os “ataques russos diários” e reiterou que a única forma de interromper a guerra é por meio de mais pressão internacional sobre o regime de Vladimir Putin. “Por uma única razão, que continua: a Rússia não quer um cessar-fogo, e nós vemos isso”, disse. “Estados Unidos, Europa e o resto do mundo têm capacidades suficientes para forçar a Rússia a abandonar o terror e a guerra”, completou.

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