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A crise econômica internacional que afeta os países da zona do euro parece não ter o mesmo impacto no setor de turismo do Velho Continente. Responsável por mais de 5% do PIB do bloco, a indústria turística gera empregos e influencia outros atores da economia europeia, desde o mercado hoteleiro até a gastronomia, uma prova de que o turismo é um player que contribui para a recuperação econômica mesmo em tempos de recessão e serve de combustível para movimentar o fluxo de visitantes, ano após ano.

Uma das razões para o bom desempenho do turismo na Europa é a forte atuação das economias emergentes. A Europa tem atraído cada vez mais visitantes de países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). E o Brasil é reconhecidamente um dos mercados de mais rápido crescimento em todo o mundo e que tem registrado alta nas despesas com turismo internacional. Dados do Banco Central mostram que, em 2012, os brasileiros gastaram durante viagens ao exterior um montante superior a US$ 20 bilhões, uma alta de 3,9% na comparação com o ano anterior. Não por acaso, a Comissão Europeia incluiu o Brasil como um dos países-alvo para atrair novos turistas.

Incontáveis pacotes temáticos e itinerários que envolvem vários países, moeda única, infraestrutura bem projetada e a política de vistos estabelecida a partir do Acordo de Schengen são exemplos de como a Europa se esforça para manter as portas abertas para os turistas em qualquer época do ano.

De fato, a Europa é um destino turístico cultural: além dos mais famosos Patrimônios da Humanidade da Unesco, o continente seduz os turistas por seus roteiros culturais e roteiros menos conhecidos, porém em ascensão, chamados de Destinos de Excelência, da sigla em inglês Eden. Além da sua rica história, a Europa é um convite irresistível para as compras, permitindo que os turistas descubram não só as grandes marcas e as cidades célebres, como também lugares que inspiram uma nova geração da criatividade europeia.

A maciça presença das cores verde e amarela no continente europeu comprova toda a atratividade do Velho Continente. Por estar viajando com mais frequência, o brasileiro pode desviar, mais facilmente, do tradicional roteiro de viagens e se aventurar em regiões de certa forma desconhecidas, como os Destinos de Excelência e tesouros escondidos da Europa, como os chamamos.

O avanço da nova classe média brasileira, um maior acesso ao crédito e a facilidade em negociar pacotes turísticos contribuíram para esse cenário. Consequentemente, muitas agências de turismo da Europa, em especial da Europa Oriental e do Leste, têm investido em escritórios e representantes locais para estimular ainda mais a escolha dos brasileiros.

Toda a riqueza sociocultural da Europa e as rápidas conexões são convites para elevar essa tendência. O total de brasileiros que viaja para a Europa subiu ao longo dos anos: de 1,4 milhão em 2006 para 1,9 milhão em 2010. Só no ano passado, o Brasil enviou quase 3 milhões de turistas para a Europa. A estimativa da Comissão Europeia é de que esse número cresça, em média, 3,3% por ano até 2015.

Antonio Tajani é vice-presidente da Comissão Europeia, responsável por Indústria e Empreendedorismo e pela campanha "Europa – Em todos os Momentos".

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