• Carregando...

É plenamente justificável a ausência de ideias na solução dos problemas sociais por iniciativa dos poderes públicos e candidatos à Câmara, ao Senado ou ao governo. A preocupação dos homens públicos em estabelecer estratégias administrativas objetivando uma sociedade organizada e promissora corresponde a utopias inadmissíveis diante da atual conjuntura política e profissional.

Enfatizamos o aspecto profissional na organização política porque infelizmente o nível dos nossos políticos corresponde à triste realidade do ensino, principalmente no tocante a área vocacional. Ignora-se, nas escolas, as potencialidades, as capacidades, as diferenças individuais ou as aptidões que em sua plenitude geram os grandes idealistas. É uma realidade que deve ser assumida e enfrentada, não apenas através da figura do professor, mas da atuação do acréscimo de recursos humanos de uma equipe multidisciplinar: psicólogos, orientadores, assistentes sociais, associação de pais e mestres etc.

Não existe nada mais belo que exercer uma atividade da qual realmente gostamos

A interligação do profissional com a complexidade política justifica-se pela conscientização dos especialistas nas mais diversificadas áreas pelos seus problemas ou objetivos específicos. Daí a incoerência dos nossos homens públicos, ao afirmarem possuir capacidade para resolver multiplicidade de situações. Os problemas humanos só podem ser analisados e solucionados por especialistas, profissionais equilibrados, adaptados às suas áreas, cujos ideais eclodem em defesa de suas classes.

É evidente, não existe nada mais belo que exercer uma atividade da qual realmente gostamos. Este é o princípio imprescindível para vencermos obstáculos e chegarmos aonde pretendemos. Especificamos o que afirmamos pela atuação dos grandes idealistas que a história registrou ,como Cândido Muricy, incentivador da criação da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba; Leocádio José Correia, cognominado “Sacerdote na Medicina”, Rocha Pombo, idealizador de projeto para criar uma universidade no Paraná; Victor do Amaral, fundador da Maternidade do Paraná; monsenhor Gonçalves, fundador do Hospital Nossa Senhora da Luz; Brasilino Moura, fundador da Sociedade de Agricultura do Paraná; José Gomes do Amaral, que fundou o Hospital Militar do Paraná; João Menezes Dória, que fundou a Cruz Vermelha Paranaense; Azevedo Macedo, fundador da primeira escola maternal do estado; Caio Machado, que fundou os cinco primeiros postos de puericultura do estado do Paraná; Erasto Gaertner, fundador da Liga Paranaense de Combate ao Câncer; Raul Gomes Pereira, fundador da Escola de Veterinária do Paraná. Ou Aldo Laval, fundador da Caixa de Habitação Popular do Estado e da Casa do Trabalhador; que lutou pelo projeto de sua autoria propondo a criação de uma Caixa de Transporte Coletivo Popular movido a eletricidade; também criou o projeto Caixa Protetora do Pobre, bem como colaborou para a instalação de Ponta Grossa e de grupos escolares na cidade e na zona rural de Ponta Grossa, entre outros inúmeros projetos. Ou, por fim, Rosi Pinheiro Lima, que participou da fundação do Centro Paranaense Feminino de Cultura, sendo sua primeira presidente, além de ter sido a primeira brasileira a conquistar o título de doutora em Direito no Rio de Janeiro e a primeira mulher paranaense a tomar assento na Assembleia Legislativa do estado.

Estes são exemplos inspiradores para nossos jovens, futuros profissionais políticos.

Deusdith Laval Malucelli é pedagoga pela UFPR e concursada em psicologia.
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]