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O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizou através da Coordenação de Contas Nacionais, a divulgação dos novos resultados para o PIB brasileiro. A questão que se levantou refere-se à diferença dos resultado com a série anterior. Primeiramente é necessário entender como é realizado esse cálculo.

Entende-se como PIB o valor de todas as riquezas geradas no país. Para se chegar ao valor do PIB, o IBGE realiza pesquisas nas empresas privadas, empresas públicas, governo federal, estaduais e municipais e com os trabalhadores por conta própria, para obter o valor da produção, que corresponde ao valor e todos o bens e serviços produzidos na economia e o valor do consumo intermediário, que corresponde aos bens e serviços utilizados como insumos (matérias-primas) no processo de produção. Fazendo a diferença entre o valor da produção e o consumo intermediário chegamos no valor adicionado, que em outras palavras refere-se ao valor que a atividade econômica acrescenta aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. Ao valor adicionado somasse o valor dos impostos indiretos e reduz o valor dos subsídios para chegarmos ao valor do PIB. Esse procedimento apresentado sucintamente é realizado para todas as atividades econômicas realizadas dentro do território brasileiro.

A metodologia empregada pelo IBGE foi elaborada pelas Nações Unidas, denominada Sistema de Contas nacionais 1993. A revisão da metodologia ampliou e alterou as fontes de dados, principalmente das atividades de serviços. Foram utilizadas as novas pesquisas do IBGE tais como a Pesquisa Anual dos Serviços, Pesquisa Anual do Comércio, Pesquisa da Construção Civil e Pesquisa Industrial Anual. O emprego das novas pesquisas resultou na ampliação da participação das atividades de serviços na economia. O salto foi de 58,5% para 66,7% na revisão metodológica para o ano de 2000. A inclusão de novas atividades como a de informática construíram também para alavancar a participação dos serviços na economia.

A maior participação de serviços na economia em conjunto com a mudanças em algum indicadores que são utilizados para medir o crescimento da economia, modificaram o resultado do crescimento da economia, para cima. Pela metodologia anterior, o PIB de 2006 tinha crescido, 2,9%. Após a revisão dos dados, com a nova metodologia passou a crescer 3,7% em 2006. Assim, o avanço no uso das fontes estatísticas e a inclusão de novas atividades levaram a um resultado que representa melhor a realidade da economia brasileira. Entretanto, a economia brasileira continua crescendo abaixo da média mundial, perdendo a oportunidade de se alcançar um crescimento sustentável, que tanto se almeja para o país.

Ricardo Kureski é professor do Curso de Ciências Econômicas da PUCPR.

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