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Felipe Lima

Ao longo da história, a mídia atravessou vários estágios de desenvolvimento e fez parte da evolução da sociedade e da economia. Os principais meios de comunicação de massa como a televisão, o rádio e o jornal foram e continuam sendo fundamentais para a criação de novas formas de propagação das informações. Com o desenvolvimento desses meios, a mídia ganhou força e, principalmente, a atenção das grandes indústrias que rapidamente passaram a utilizar esses canais para fazer a divulgação de seus produtos e serviços.

A internet tem modificado esse cenário, principalmente em função da sua enorme capacidade de penetração e alcance. Ela se tornou um meio de comunicação de massa e hoje, com absoluta certeza, é o canal que mais cresce e se desenvolve em todo mundo, transformando a poderosa indústria da mídia. O valor da marca Google é uma prova disso.

A massificação na utilização dos smartphones, o desenvolvimento desenfreado de novas plataformas, ferramentas e aplicativos estão mudando os hábitos e comportamento dos consumidores. Esse fenômeno está criando um novo caminho para a jornada no consumo de produtos e informações. As marcas podem se beneficiar tendo uma presença estratégica em todos os momentos dessa jornada.

A internet se tornou um meio de comunicação de massa

A indústria da publicidade on-line de pesquisa, display, vídeo e a programática estão se desenvolvendo em um ritmo alucinante e acompanhar essa velocidade não tem sido uma tarefa fácil para as empresas. O fato é que os números mostram um crescimento exponencial no volume de investimento em publicidade on-line e esse aumento ainda é tímido no Brasil se comparado com os Estados Unidos, por exemplo.

Para se ter uma ideia, o investimento em publicidade on-line no Brasil em 2015 foi de R$ 9,5 bilhões. Isso representa um crescimento de 14% em relação a 2014. A projeção para 2016 é de que esse investimento atinja a marca de R$ 10,4 bilhões. Desse total, R$ 1,03 bilhão (14%) é destinado à publicidade on-line com vídeo; R$ 3,14 bilhões (33%), para display e social; e R$ 5,16 bilhões (54%), para pesquisa. Outra comparação relevante é que esses R$9,5 bilhões investidos em publicidade on-line no Brasil representam mais de 20% do faturamento do e-commerce no Brasil, que em 2015 foi de R$ 43 bilhões.

Nos Estados Unidos, o relatório “Internet Advertising Revenue Report” apresenta o resultado nos investimentos realizados em publicidade on-line do primeiro semestre de 2015. Os números atingem US$ 27,5 bilhões, com crescimento de 19% sobre o mesmo período de 2014. Lembro que estamos falando apenas do primeiro semestre de 2015 e 2014. O marketing digital para mobile e vídeo foi o destaque do relatório. Os investimentos em mobile cresceram 51%, com receita de US$ 8,2 bilhões no primeiro semestre de 2015. Além disso, esse segmento passa a representar 30% das receitas geradas em publicidade on-line.

A publicidade on-line de pesquisa, que ainda detém a maior fatia de investimento do mercado de publicidade on-line, chegou à casa dos dois dígitos, ultrapassando US$ 10 bilhões, com um aumento de 11% comparado com o mesmo período de 2014.

É um grande equívoco não aceitar que a publicidade on-line precisa fazer parte do plano de comunicação de qualquer empresa, independentemente do seu porte, posicionamento ou tipo de operação (física ou on-line). O alcance, possibilidades de segmentação (inclusive com geolocalização) e a capacidade de mensuração de resultados estão revolucionando a indústria da mídia, que deixa de existir da forma como conhecíamos antes.

Eduardo Gimenes, formado em Comunicação, com MBA na FGV e especialização na George Brown College (Toronto, Canadá), é gerente de Marketing e Vendas na GhFly.
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