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Greca confirma cancelamento do carnaval de Curitiba
Carnaval na pandemia não foi o mesmo de sempre. Imagem ilustrativa.| Foto: André Rodrigues / Arquivo Gazeta do Povo

Utilizando o jargão, já passou o carnaval; então, que o ano comece de uma vez, por favor. O que temos visto é um bate-cabeças imenso e o oportunismo se avolumando. Infelizmente, no futuro estaremos nas mãos dessa geração vitimista e “coitadista” que estamos criando. Não poderia, contudo, ser diferente, já que o exemplo que a sociedade tem dado no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus e de seus desdobramentos vai bem nessa direção.

De forma lamentável, temos visto valores morais serem atropelados, esmagados. Atitudes são muito mais persuasivas que qualquer discurso – é justamente por conta de sua atitude que a classe política brasileira, em sua maioria, tem a reputação manchada.

E são também nas atitudes que percebo tudo o que está sendo feito de errado na categoria da qual faço parte. Os professores estão querendo transformar relevância em soberba. Não tenho dúvidas de que a sociedade e a consciência hão de cobrar posicionamento condizente num futuro próximo.

Na economia, vemos o esforço de quase toda uma sociedade para superar esse período negro causado pela inesperada Covid-19, que chegou sem pedir licença e virou nossas vidas de cabeça para baixo. Esforço que também é exercido dos micro aos grandes empresários, para que consigam prosseguir com seus negócios e, assim, continuar empregando e produzindo, fazendo com que o país se mova para a frente.

Analisando todo o cenário, de maneira geral, percebe-se que só há ainda uma categoria que tem se eximido. Trata-se justamente daqueles que representam a mais nobre casta trabalhadora do país. Eles têm salários acima da média do mercado, não são pressionados por performance e resultados e, de quebra, têm total estabilidade. Essa casta é defendida e justificada por ela mesma e, por isso, talvez acumule uma situação diferenciada na sociedade.

Pois bem, passou o carnaval. O ano já pode começar? Chegamos a 2021!

Como sempre, o poder público diz que cobrou as normas de etiqueta sanitária e boa parte da sociedade acenou como se tivesse entendido. E aquele feriado que não existiu prosseguiu com festa, muito samba, cerveja e caipirinha. Eu estava, até então, como Chico Buarque, apenas me guardando para quando o carnaval chegar. E agora, vamos trabalhar?

Esther Cristina Pereira é psicopedagoga e diretora da Escola Atuação. 

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