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Desde tempos remotos, as saudações e sinais de respeito fazem parte do comportamento social humano, sendo a expressão característica de demonstração de admiração e cordialidade. Durante as competições do Pan de Toronto, em 2015, o gesto realizado por diversos atletas que prestaram continência individual à bandeira nacional, quando ascenderam ao pódio, ganhou espaço em alguns veículos de comunicação. A observação da atitude desses atletas motivou o debate sobre o juízo de valor desse ato, e, naturalmente, neste processo, surgiram posições das mais variadas angulações.

A militarização de um evento que celebra paz e união de povos

No fim das contas, prestar continência é apenas distorcer tudo o que os Jogos Olímpicos representam. É militarizar um evento civil que tem como grande virtude colocar os povos frente a frente sem o uso de armas.

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A saudação à bandeira e ao hino nacional são gestos habituais nas competições esportivas, especialmente nos Jogos Olímpicos, desde sua primeira edição. Trata-se de um ato voluntário e importante de reconhecimento e homenagem do atleta, por definição um guerreiro, que ultrapassa limites e dificuldades de toda ordem e que comemora suas conquistas tomado por um sentimento positivo e empolgante de vitória e superação. A comemoração da vitória notabiliza um sentimento de pertencimento do atleta em relação à sua nação, além de ser uma forma de compartilhar o momento de êxito com seu povo e país.

No caso dos atletas brasileiros, militares ou não, a comemoração pessoal manifesta publicamente a satisfação própria pela conquista em razão de seu esforço, progresso e sacrifício. Da mesma forma, apresentar sua reverência ao país de origem é um ato honrado, digno, cordial e fidalgo, seja por meio da continência, colocando a mão sobre o coração, ou apenas ficando de pé em posição respeitosa.

O Brasil deseja que nossos atletas, militares ou não, subam muitas vezes no pódio, comemorem suas conquistas, compartilhem suas felicidades com a nação, alegrem o povo e sirvam como luz de esperança e motivação para aqueles que assistirem a suas vitórias, sejam elas palmas, sorrisos, braços erguidos, continência ou qualquer outra saudação que sirva para expressar todos os sentimentos positivos deste momento.

Os militares de todo o mundo são instruídos, logo no início da sua formação, a respeito das deferências aos símbolos nacionais, em razão da estreita relação desses profissionais com os seus países, além de serem esses gestos normatizados por regulamentos específicos. O próprio Comitê Olímpico do Brasil manifestou-se favoravelmente a respeito das saudações dos atletas militares que prestaram continência no pódio durante o Pan de Toronto, em 2015.

As novas formas de comunicação digital permitiram a rápida difusão das imagens dos atletas brasileiros realizando suas competições e recebendo suas premiações. Os mesmos canais de comunicação oferecem o acesso geral e simultâneo a todo um complexo de informações atuais que envolvem o receptor da mensagem em contextos diversos, como o esportivo, o político, o social e outros mais. Naturalmente, alguns sentem-se inclinados a misturar os mais variados assuntos por meio de apreciações que pesam as tintas sobre qualquer outro enfoque do assunto, retirando luz da conquista dos atletas.

Eventualmente, as coisas simples podem parecer inacreditáveis, improváveis e impossíveis, sendo difícil para parcela da assistência crer que qualquer gesto de saudação do atleta seja, curiosa e espantosamente, apenas um gesto de saudação, como, por exemplo, a continência de um atleta militar. Alguns ainda não conseguem crer em atos despretensiosos, puros e verdadeiros, sem qualquer conotação ideológica. Por mais improvável que possa parecer, ainda existem fatos que são apenas fatos, sem a intervenção de múltiplos fatores, motivações ou intenções não reveladas.

Atos simples, como são as coisas de soldado, realmente impressionam os adeptos da complexidade. Por vezes, causa estranheza a conduta daqueles que abdicam de muitos direitos, substituindo-os pelo juramento de sacrificar a própria vida pelo seu país, vivendo de forma modesta, objetiva e com pureza de propósito.

O Brasil deseja que nossos atletas, militares ou não, subam muitas vezes no pódio, comemorem suas conquistas, compartilhem suas felicidades com a nação, alegrem o povo e sirvam como luz de esperança e motivação para aqueles que assistirem a suas vitórias, sejam elas palmas, sorrisos, braços erguidos, continência ou qualquer outra saudação que sirva para expressar todos os sentimentos positivos deste momento. O Brasil agradece.

Artigo elaborado pela equipe do Centro de Comunicação Social do Exército.
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