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Estamos a poucos dias do tão desejado e aguardado mundial da Fifa, a Copa do Mundo de Futebol 2014 no Brasil. Curitiba foi anunciada como cidade-sede e conseguiu, na prorrogação, a chance de permanecer na lista. Os atrasos na conclusão das obras da Arena da Baixada e também nas obras de infraestrutura da cidade quase desclassificaram a capital paranaense antes mesmo do início da partida. Mas continuamos na escalação.

Zapeando na tevê e nas rádios, começamos a notar indícios de que este será um ano eleitoral. É bom lembrar. Daqui a cinco meses, mais uma vez, a população tem nas mãos o poder da escolha. De colocar para gerir seu estado e seu país, àqueles que lhe representam. Começam, ainda tímidas, as propagandas apresentando os pré-candidatos à Presidência da República. Uma entrevista daqui, outra acolá. Ao parar e pensar na política, sempre aquele descontentamento. Mas continuamos no jogo do poder.

Apesar da efervescência dos noticiários, com todo o tipo de acontecimentos, dos ultrajantes aos inacreditáveis, paira no ar uma sensação de estagnação. O ano começou com uma lufada de oportunidades, mas agora parece estar em decadente desaceleração. É o que sinto no mundo dos negócios. Ninguém fala em crise econômica, mas ver milhares de trabalhadores serem dispensados de suas funções nas montadoras de veículos é um indício incontestável que a economia não anda lá muito bem das pernas. Mas continuamos batalhando pelo pão nosso de cada dia.

Com tanta carga de acontecimentos girando em torno de cada um de nós, o ritmo frenético da rotina diária de trabalho, de estudos, somada às contas a pagar, o trânsito, o estresse, as obras inacabadas, a Copa, a eleição... É normal que, de vez em quando, dê vontade de parar tudo, de descer desse trem maluco em que embarcamos e mal sabemos qual será a próxima parada. E quando estamos desestimulados ou perdidos, sem objetivos, a tendência é vermos nosso rendimento (e não falo do rendimento financeiro) diminuir. Como se não conseguíssemos dar conta de tanta informação.

E você em que situação está? Sente que não está dando seu melhor, seja no trabalho, seja com a família, seja com você mesmo? Há todo um jogo interior dentro de cada um de nós. Como em uma partida de futebol, são dois times adversários, às vezes com grande rivalidade. Ambos disputam para ver quem ganha a partida. Para cada pensamento que temos durante um dia, para cada decisão que tomamos em uma fração de segundos, nossos times interiores disputam para ver quem marca o gol da vitória. O time 1 é o julgador, o crítico que carrega tudo o que aprendemos ao longo da vida, incluindo aspectos culturais, superstições e algumas verdades absolutas. O time 2 é aquele que representa nosso "eu" mais verdadeiro, é cheio de potenciais e habilidades, algumas ainda não desenvolvidas. Ele é otimista, quer fazer acontecer. Para que o jogo interior aconteça, os dois times são essenciais. Cada um tem sua importância. Nesse caso, o empate não é um resultado ruim. Mas é preciso analisar as últimas partidas. Qual time está com o favoritismo? Qual deles está ganhando?

Se o time 1 estiver para ganhar o campeonato do jogo interior, talvez externamente você não esteja apresentando a melhor das performances. Mas não dizem que o futebol é uma caixinha de surpresas? Pois o jogo interior também. Mesmo se estivermos na lanterna da competição, podemos virar o jogo. E há uma tática infalível para driblarmos os oponentes, os obstáculos e as adversidades, fazendo brilhar nosso verdadeiro potencial. A fórmula foi desenvolvida por um técnico de tênis e suas metodologias se tornaram referência no mundo todo para o desenvolvimento de pessoas, líderes e organizações. Estamos falando de Timothy Gallwey, um norte-americano que percebeu o quanto o jogo interior interferia na performance de seus jogadores de tênis. Quando conceituou o jogo interior (The Inner Game) e colocou em prática, o sucesso foi imediato. Na fórmula criada por Gallwey (P = p – i), o P maiúsculo é a performance. O p minúsculo o potencial. O i minúsculo as interferências. Ou seja, a performance de uma pessoa é igual às potencialidades dela menos as interferências.

O que acha de comandar melhor o seu bate-bola interno? Ser efetivamente o técnico responsável pelos seus times interiores? Você tem o poder de tornar sua vida mais fácil. Pense menos naquilo que deu errado, naquilo que não poder fazer, nos nãos que pode receber. Troque esta visão negativa, cheia de obstáculos, por uma atitude mais ativa. Minimize as interferências para deixar aflorar seu potencial. Dessa forma, sua performance será crescente.

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