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A história se repete. O Paraná desponta, uma vez mais, com índices de crescimento maiores que a média alcançada pelo Brasil. O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) estima que o estado incrementará sua riqueza em 5%, enquanto analistas de mercado estimam que o crescimento do país ficará na casa de 2% no ano de 2013.

Diante dos dados, surge o questionamento: qual é o papel de uma instituição financeira de fomento nesta dinâmica de avanços, estabilidade e retrocessos da economia? A resposta está nos números. Nos últimos dez anos, o total de financiamentos concedidos pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para viabilizar investimentos somou R$ 17,6 bilhões. Deste montante, R$ 7,3 bilhões – ou seja, 41,7% do total – foram aplicados pela agência paranaense do BRDE.

O Paraná tomou com folga a liderança na Região Sul, sem ser a maior economia da região, mas caminhando a passos firmes para assumir a primeira posição também quando o valor de referência tratar do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente figurando como a quinta economia do Brasil, o estado demonstra que tem condições de, em muito pouco tempo, assumir de vez o posto de quarta maior potência econômica do país, superando o Rio Grande do Sul.

Quando o ponto de análise se fixa na atuação do BRDE para medir o ritmo de crescimento paranaense, os dados dos últimos cinco anos revelam que o índice acima citado de 41,7% eleva-se para 44,1%. Ou seja, de 2009 a 2013, a instituição financeira aplicou R$ 12,4 bilhões na Região Sul, sendo que, deste montante, R$ 5,5 bilhões ficaram no Paraná. Outro fator que não se deve perder de vista quando o assunto é avanço econômico é o índice de inadimplência, que, no BRDE, fechou em dezembro de 2013 com somente 1,9%. No Paraná, a porcentagem foi ainda menor: 1,6%.

A maior parte dos investimentos é no agronegócio, confirmando que a base da economia paranaense continua sendo este setor. Porém, dois fatores contribuíram para uma mudança radical nas últimas décadas: a comercialização dos produtos passou a se dar com valor agregado, fruto da industrialização; e o mercado externo se tornou o principal destino dos produtos dessas empresas. Cifras robustas foram aplicadas por cooperativas agroindustriais e empresas para industrializar, contribuindo, por consequência, com o desenvolvimento da economia paranaense.

Os resultados positivos não se prendem ou se resumem ao campo. Eles extrapolam as porteiras e promovem uma dinâmica que incrementa os investimentos em outros segmentos da economia. Por exemplo, voltando ao caso do BRDE, os projetos financiados vão desde a agricultura familiar até complexos educacionais e de saúde, passando pelo setor industrial, do comércio e serviços, incluindo, especialmente, os empreendedores de pequeno porte, grandes geradores de emprego e renda em nossa economia.

Com transparência e diálogo aberto com a sociedade e seus setores produtivos, o Paraná continuará sendo um dos estados brasileiros que mais crescerão nos próximos anos. E os resultados serão confirmados no seu devido tempo pelo Ipardes, o valoroso instituto de desenvolvimento que voltou a pensar no Paraná do futuro.

Jorge Gomes Rosa Filho é diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

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