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No dia 19 de março, dom José Antônio Peruzzo, eleito arcebispo de Curitiba em 7 de janeiro, toma posse como arcebispo, e inicia o pastoreio com o espírito indicado no seu lema: “Fazei discípulos... Ensinai”.

Dirigimos a Deus a gratidão pelo novo pastor. Agradecemos também pelo trabalho da Nunciatura em Brasília, que conduziu o processo para que o papa pudesse nomear o novo arcebispo. Depois, a gratidão se dirige a dom Peruzzo, que aceitou generosamente a missão de servir a esta porção do Povo de Deus em Curitiba. Mais uma vez, queremos recordar dom Moacyr Vitti pelo pastoreio como arcebispo e seu legado, sobretudo ao colocar a Arquidiocese no caminho da missão permanente.

No tempo de sede vacante, Deus nos conduziu de modo sereno. Agora, cada arquidiocesano é chamado a acolher o pastor que Deus amorosamente está nos enviando. Deus preparou o coração do enviado e ele disse sim. Que Deus prepare o coração de cada um desta arquidiocese para uma adesão de plena comunhão que será a expressão de nossa fé e testemunho.

Voltemo-nos para a mensagem deste quarto domingo da Quaresma, chamado de Laetare, isto é, domingo da alegria. Fazemos como que uma pausa no clima de penitência e austeridade próprio deste tempo para meditar a Palavra de Deus em clima de alegria porque a Festa da Ressurreição se aproxima.

O sofrimento só tem razão de ser quando enfrentado com um amor verdadeiro que lhe dá sentido e o ilumina como sinal de redenção

Se focarmos a mensagem do Evangelho (Jo 3, 14-21), veremos que todo o discurso de Jesus para Nicodemos toca diretamente o nosso coração. “Pois Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Pode haver maior alegria do que esta verdade suprema? Deus vem ao encontro da humanidade, vem para resgatar e salvar os seus. E Ele não quer perder nenhum daqueles que Deus lhe confiou, pois assim nos diz o Senhor: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei” (Jo 6, 37). Deus tem a iniciativa de vir ao nosso encontro revelando seu plano de amor: este é o primeiro motivo da nossa alegria.

Em segundo lugar, sentimos que a presença de Deus em nosso meio não é a de um juiz que condena. Em Jesus, o rosto de Deus é revelado como um Pai misericordioso, sempre pronto a perdoar quando há arrependimento, que corre para abraçar o filho pródigo, que dá o seu Filho Unigênito para nos salvar.

Nossas comunidades devem se tornar testemunhas dessa Boa Nova: grande é nossa alegria porque, como Igreja servidora, anunciamos a vitória de Jesus sobre a morte, e nos tornarmos filhos no Filho. A solidariedade que cresce em nossas comunidades é fruto desse sentimento de fé que somos filhos amados e queridos por Deus. Assim, vamos nos sentindo parte dessa grande família sustentada pela luz da ressurreição. Deixamos as trevas do egoísmo, deixamos de ser insensíveis e indiferentes para iluminar o mundo encontrando no rosto dos mais vulneráveis e sofridos o rosto humano de Deus.

Que possamos aprender a contemplar o Cristo crucificado, elevado para que a humanidade entenda que o sofrimento só tem razão de ser quando enfrentado com um amor verdadeiro que lhe dá sentido e o ilumina como sinal de redenção. Jesus é o motivo da nossa alegria, é Ele que nos impulsiona para servir e que sua Luz ilumine nossos passos para que também nós possamos iluminar o mundo com sua Palavra e seu Amor.

Dom Rafael Biernaski é administrador diocesano da Arquidiocese de Curitiba.
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