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Imagem ilustrativa.| Foto: Unsplash

Qual era o tamanho do seu universo, quando você era criança? Quantas ruas compunham aquilo que você chamava de mundo e que formava os espaços em que você cresceu? Em geral, durante a infância, frequentamos um número limitado de lugares e, gradativamente, vamos passando a incluir mais e mais destinos para nossas brincadeiras, risadas e aprendizados. Por vezes, nossa imaginação transcende o planeta terra.

Ampliar esse universo, no entanto, não será para sempre uma tarefa natural, simples, corriqueira. Para alguns de nós, conhecer mais e mais ruas será o resultado de curiosidade, determinação e esforço pessoal. Para outros, a sorte também precisará entrar em cena. Afinal, quem somos e para onde vamos? As perguntas de um milhão de dólares, que tantos antes de nós tentaram responder, mas que seguem, até hoje, sem uma solução definitiva. As decisões tomadas pelas pessoas ao longo da história levaram ao que conhecemos hoje como século XXI, tecnologia, globalização. E na esfera pessoal, as perguntas também são essenciais – e complexas.

Em 1933, Fernando Pessoa escreveu um de seus mais célebres poemas, intitulado Viajar! Perder países. Nele, o poeta português celebra aquele que viria a ser o sonho de muitas pessoas espalhadas por todo o mundo. Os primeiros versos dizem “Viajar! Perder países! / Ser outro constantemente, / Por a alma não ter raízes / De viver de ver somente!”. Concordo em tudo com Pessoa. Viajar é ser outro constantemente, buscar a constante mudança para permanecer fiel àquilo que se tem de mais precioso dentro de si mesmo: sua essência.

Uma das faces dessa busca por vivências para lá das fronteiras do próprio universo leva milhares de pessoas, todos os anos, a buscar uma graduação ou uma pós-graduação no exterior. De acordo com a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), esse mercado movimenta mais de US$ 1,3 bilhão todos os anos. Além de milionário, é também um setor que permite reviver aqueles sonhos de infância.

Não se trata apenas de uma oportunidade para quem quer seguir carreira lá fora, mas também para quem deseja aperfeiçoar as próprias habilidades em outro idioma, conhecer outra cultura, conviver com pessoas de outras nacionalidades ou voltar ao Brasil, depois, com uma bagagem e uma vivência internacionais que assegurem mais competitividade no mercado de trabalho brasileiro.

Algo acontece, em um nível mais profundo que apenas o intelectual, que faz com que qualquer um que se aventure a fazer uma graduação longe de seu país e de tudo o que lhe é confortável nunca mais seja a mesma pessoa. Confrontar os costumes – acadêmicos e cotidianos – de outros povos é uma das melhores maneiras de “ser outro constantemente”, como dizia Pessoa.

Cursar uma graduação em uma das melhores universidades do mundo, esteja ela no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Austrália ou na África do Sul, é uma decisão que vale como aprimoramento pessoal, não importa qual é seu objetivo. Quem volta de um período como esse, além de ter muito mais chances de se inserir no mercado de trabalho – seja aqui, seja em qualquer parte do mundo –, torna-se cidadão de si mesmo e das próprias experiências.

Qual é o tamanho do seu universo agora? Quantas ruas – ou planetas – compõem aquilo que você chama de mundo e que forma os espaços em que você cresce, todos os dias? As respostas para essas perguntas podem te ajudar a entender quem você é e para onde vai – e, se não estiver satisfeito com isso, nunca será tarde para começar a mudar e viajar pelas galáxias do conhecimento.

Leonardo Trench é diretor da Gradeup Education Consultancy.

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