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Pintura de 1634, feita por Nicolas Poussin, retrata o Massacre dos Inocentes (Museu Condé, Chantilly, França).
Pintura de 1634, feita por Nicolas Poussin, retrata o Massacre dos Inocentes (Museu Condé, Chantilly, França).| Foto: Reprodução

Hoje, 28 de dezembro de 2023, dia em que se recorda a matança das crianças ordenada por Herodes, notamos que ele e seus soldados eram, na verdade, simples aprendizes. Vestidos em ternos e togas ao invés das coroas e trajes reais, os herodes hodiernos se assemelham àquele da história bíblica somente no fato de não propiciarem qualquer chance de defesa às vulneráveis crianças que mandam assassinar. A ordem pura e simples de ingressar nos lares e matar todos abaixo de dois anos é idêntica à sentença de morte proferida com total ausência de nomeação de defensores aos pobres nascituros nos processos judiciais modernos.

Entretanto, quanto à torpeza e à maldade, os herodes e executores modernos se aprimoraram, e muito. A idade, agora, é ainda mais tenra – 20 a 42 semanas de gestação – e, ao invés de mandar matar por um decreto, os personagens desta cruel história se valem de seus modernos certificados digitais para assinar sentenças jurídicas que promovem a morte de seres indefesos do modo mais cruel que se possa imaginar, tudo em nome de um suposto direito à liberdade sexual da mulher, seja lá o que isso signifique.

Embora não tenham sido citados pelo Evangelista Mateus, podemos imaginar que os que tentaram defender suas crianças devem ter sofrido consequências extremamente danosas.

Do mesmo modo, os executores de suas ordens não mais usam gáleas e armaduras de soldados, vestem-se de um simples jaleco e se autointitulam médicos. Ao invés de espadas, usam um ácido que queima a criança por dentro, o mesmo utilizado para matar animais, no estágio final de suas vidas, e assassinos, no corredor da morte. No entanto, se nos animais e condenados à pena de morte usa-se este ácido somente após completa anestesia, os inocentes de hoje recebem este componente químico em seus corações sem sedação alguma e os protocolos médicos desse procedimento ainda determinam que a dosagem deve ser de doze a oitenta vezes mais potente que aquela usada para os animais e réus da pena capital.

Preconizam, ainda, que a morte tem de ser realizada de forma lenta e gradual, em “alíquotas”, prolongando de forma completamente desumana o sofrimento de nossos inocentes bebês em gestação que insistem em praticar o crime de quererem nascer e contrariarem a tal liberdade feminina... A tortura a que são submetidos nossos nascituros é atroz. Pouco a pouco, seus corpos são queimados de dentro para fora e, após muito sofrer as dores que julgamos ser inaceitáveis aos animais e condenados à pena de morte, são vítimas de um infarto do miocárdio e, finalmente, morrem e são jogados em um saco de lixo hospitalar.

Por fim, não podemos nos esquecer dos personagens adjacentes a esta triste história. Embora não tenham sido citados pelo Evangelista Mateus, podemos imaginar que os que tentaram defender suas crianças devem ter sofrido consequências extremamente danosas. Ou perderam suas vidas ou foram, no mínimo, feridos pelos soldados.

Hoje, também, ai daqueles que pretenderem defender os inocentes contra esta cruel tortura. Órgãos correcionais, CNJ, CNMP, processos judiciais, massacres e perseguições de uma mídia conivente, tudo virá contra estes. Entretanto, a certeza de estarem seguindo a Verdade – e não uma ideologia nefasta – vale cada sofrer. Disto devemos estar certos.

Danilo de Almeida Martins é jurista.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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