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Maneiras de praticar a hospitalidade genuína
| Foto: Unsplash

Quem nunca sentiu o calor acolhedor daquele lar onde não só era bem recebido, mas também se tornava parte da família por algumas horas? Lembranças de infância nos transportam para esses momentos especiais, nos quais mais do que as decorações, o cheiro da comida e a companhia dos anfitriões ficavam gravados na memória.

Hospitalidade, como definição, é muito mais do que simplesmente oferecer uma refeição ou uma cama. É o ato de acolher, de hospedar e, acima de tudo, de abrir as portas do coração para receber o próximo. Ser hospitaleiro significa ir além do conforto pessoal e compartilhar espaço e tempo com outros.

Ao longo dos anos, aprendi que a hospitalidade começa com o estar disponível. Ou seja, é necessário estar pronto para receber mesmo quando não estamos 100% preparados para isso. Em meio ao caos do cotidiano, descobri que receber de forma imperfeita é melhor do que não receber. Abrir as portas de nossa vida privada é uma forma de expressar amor e mostrar que há espaço para mais do que apenas nós mesmos.

Isso quer dizer que a hospitalidade não se restringe apenas àqueles que nos são próximos. Claro, é importante cuidar dos nossos, mas também precisamos acolher os estranhos, os diferentes, os que não compartilham da mesma fé ou perspectiva de vida. Ao receber pessoas diversas, somos desafiados a expandir nossos horizontes e a crescer como seres humanos.

No entanto, praticar a hospitalidade nem sempre é fácil. Acaba sendo sinônimo de renunciar à intimidade e estar disposto a lidar com momentos constrangedores e situações desconfortáveis. Como a história bíblica de Marta e Maria nos ensina, muitas vezes é mais importante estar presente do que preocupar-se com os detalhes.

Além disso, a hospitalidade também não está relacionada apenas à aparência da casa. Embora seja natural desejar um ambiente agradável, o mais importante é criar um espaço onde as pessoas se sintam bem-vindas e confortáveis, independentemente das condições materiais. Ser generoso é uma parte essencial da acolhida, mesmo que não recebamos sempre o reconhecimento que esperamos.

Ana Rute Cavaco dedica-se à família e serve com o marido na Igreja da Lapa em Lisboa, Portugal. É uma das autoras do livro “Fonte para a vida”, da Editora Mundo Cristão.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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