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As profissões vêm sofrendo mudanças em uma velocidade surpreendente. A inovação tecnológica trouxe novas formas de trabalho e fez com que as organizações tivessem que buscar pessoas com qualificação apropriada para poder executar atividades que promovessem vantagem competitiva.

Atualmente, faz-se necessário o profissional estar atento à dinâmica do novo cenário de mercado, fazendo com que busque uma carreira flexível de acordo com as novas exigências apresentadas pela transformação das novas modalidades de trabalho. O ambiente é dinâmico, com características próprias, onde as informações tomam proporções cada vez maiores para a pesquisa e para a evolução da produção do conhecimento.

Em apenas cem anos, observou-se uma grande transformação no mercado de trabalho, principalmente nas exigências com relação ao desenvolvimento dos trabalhadores em novas competências capazes de realizar as novas atividades, tanto em nível estratégico, quanto tático e operacional. Hoje, com a constante mudança nos processos de trabalho surge a Era do Conhecimento, onde cada vez mais o conhecimento constitui um ponto de apoio para a sobrevivência dos indivíduos, da sociedade e das empresas. A intensidade com que as pessoas aprendem torna-se um diferencial competitivo na busca de oportunidades.

Observa-se que a diversidade das formas de trabalho fez com que o indivíduo se preocupasse mais com a educação. A abertura de várias Instituições de Ensino Superior no Brasil, impulsionada pela demanda de formação educacional de jovens e adultos, com a oferta de novos cursos, nos últimos anos, demonstra que o nível de conhecimento no mundo do trabalho vem se modificando constantemente. Aqueles que desenvolvem potenciais de aprendizagem, que abrangem conceitos gerenciais, formação técnica, educação comportamental e educação em padrões de serviços em benefícios dos clientes, poderão ter mais facilidade de se colocar em oportunidades que tragam maior satisfação e melhor remuneração.

Analisando o contexto atual de mercado, percebe-se a necessidade primordial de desenvolvimento constante do indivíduo para poder acompanhar a rapidez das mudanças, promovendo a empregabilidade necessária para estar presente no mundo do trabalho .

A preparação para esse novo mundo deve estar presente no período escolar, desde o nível fundamental até a pós-graduação, passando por cursos técnicos e de qualificação. Dessa maneira, o indivíduo de melhor nível educacional e melhor qualificação profissional poderá levar vantagem.

O conceito de emprego tomou um significado muito diferenciado se comparando com 20 anos atrás – década de 80 –, quando as pessoas faziam carreira nas organizações e tinham como garantia: a estabilidade. Hoje, no entanto, se fala em processos de enxugamento, onde a cada dia existem menos pessoas, realizando mais atividades.

Com isso, os trabalhadores precisam reciclar-se periodicamente, a fim de manter seus conhecimentos atualizados e buscar sempre o desenvolvimento de novas habilidades, com o objetivo de adaptar-se facilmente às contínuas mudanças.

Esse é o novo profissional que o mercado de trabalho procura constantemente, ou seja, pessoas que tomem para si a responsabilidade sobre suas carreiras, busquem o aprendizado contínuo e se comprometam com o sucesso da empresa (empregabilidade). Já as organizações que procuram esses profissionais, devem também oferecer aos funcionários o poder de avaliar, aguçar, redirecionar e expandir suas habilidades para que eles permaneçam competitivos no mercado de trabalho em troca de maiores contribuições para a empresa (empresabilidade).

Atualmente e no futuro o que se espera é que cada trabalhador busque sua empregabilidade. Em outras palavras, é preciso que cada indivíduo não fique preso a apenas um emprego, a uma única empresa ou a uma só trajetória de carreira. O que importa agora é possuir competências competitivas exigidas para encontrar trabalho quando for necessário, onde quer que haja uma oportunidade que possa ser aproveitada.

A Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional – do Ministério do Trabalho (Brasil, 2000) – define empregabilidade como sendo um "conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma, mas para toda e qualquer organização".

Sendo assim, a empregabilidade diz respeito à capacidade do indivíduo garantir sua inserção no mercado de trabalho a longo prazo, através de habilidades específicas e ao resultado de um processo de desenvolvimento de carreira que vai dando ao indivíduo competências essenciais, as quais permitem a sua colocação no mercado de trabalho.

Para aumentar a empregabilidade, os profissionais precisam estar aptos do ponto de vista técnico, gerencial e intelectual, humano e social, solucionando com rapidez problemas cada vez mais sofisticados e específicos.

Torna-se vital, portanto, a obtenção de novos conhecimentos, múltiplas habilidades e boa reputação para que o profissional possa oferecer e vender seus serviços e empresariar seus talentos.

Cabe a cada indivíduo desenvolver suas habilidades e adquirir cada vez mais conhecimentos que lhe agregue valor, para obter um diferencial que facilite a procura de novas oportunidades de trabalho. Assim, poderá também escolher com o que quer trabalhar e onde lhe oferecem maiores vantagens, permitindo a aplicabilidade prática de seus talentos.

Todo o esforço despendido para a obtenção de novos conhecimentos somente terá validade quando esses puderem efetivamente ser utilizados nas atividades desenvolvidas pelo indivíduo. Sendo assim, o planejamento e a gestão de carreira torna-se um fator preponderante na condução da trajetória profissional e estimula o indivíduo a fazer uma análise de suas competências e principalmente a entender a si próprio, tornando mais fácil a condução de seus ideais, facilitando o encontro do trabalho certo, e conseqüentemente aumentando seu nível de satisfação.

A viabilidade do indivíduo encontrar uma colocação que lhe traga maior satisfação profissional e remuneração mais adequada, está no direcionamento dos objetivos que ele pretende atingir ao longo de sua carreira. Porém, se o desenvolvimento de competências do indivíduo for aquém de suas expectativas na execução de suas atividades na empresa onde está inserido, provavelmente ele irá buscar outra empresa que lhe exija maior aplicação de seus conhecimentos e habilidades, assim como o aproveitamento adequado de suas atitudes.

Dessa forma, as organizações precisam despertar para o real aproveitamento de seus talentos, caso contrário terá um alto índice de rotatividade de profissionais com grande potencial de empregabilidade.

Infelizmente, a maioria das empresas não possui um programa estruturado de retenção de talentos, uma das razões para a ausência de programas formais é a cultura imediatista que existe no Brasil. A preocupação com estes programas deve ser contínua e uma das melhores formas de iniciar este tipo de ação é contratando pessoas com talentos e que possam aplicá-los na prática empresarial.

É sabido que o comprometimento das pessoas ocorre na medida em que as empresas disponibilizam condições de trabalho, como ambiente, tecnologia, recursos, autonomia para expor idéias e possibilidade de aplicação das competências.

Com certeza as dimensões como tecnologia, estratégia, alianças globais e inovação, são todas peças críticas que afetarão a vantagem competitiva no futuro. No entanto, cada uma dessas áreas ainda depende do talento humano e são por ele impulsionadas. A vantagem econômica e estratégica futura será das organizações capazes de atrair, desenvolver e reter de forma mais eficaz, um grupo diversificado dos melhores e mais inteligentes talentos humanos do mercado. (Drucker).

Por tudo isso, salvem-se as empresas inteligentes, que conseguem manter e aproveitar as pessoas com competências necessárias para gerar valor e conseqüentemente, apresentar um diferencial no mercado competitivo.

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