• Carregando...
Mulheres e o Vale do Silício
| Foto: Divulgação

A realização de um sonho pessoal pode pivotar uma carreira? A resposta é sim (e mais vezes do que podemos imaginar)! É justamente quando tudo parece bem no trabalho, na função que se ocupa, nas tarefas do dia a dia, que a inquietação aparece. A caixa é confortável, você conhece cada canto dela, mas o que será que tem lá fora?

Dessa vontade de se aventurar veio o desejo de fazer uma imersão em um lugar icônico do mundo corporativo: o Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos. A região é considerada o celeiro da inovação do mundo ocidental, lar de empresas como Google, Facebook, Apple, HP, Intel, Netflix e o berço de modelos de negócio disruptivos, inovadores: startups como Uber, Airbnb, Pinterest.

Para celebrar 20 anos de carreira em gestão de pessoas, o presente foi conhecer o lugar e experimentar o efeito que a mentalidade da inovação teria sobre alguém que trabalha a liderança feminina no presente com um olhar para o futuro. O que tem fora da caixa é uma chuva de insights, um universo de possibilidades herdadas de mulheres que impulsionaram mudanças em grande escala em níveis hierárquicos diversos.

A primeira ruptura de paradigma é pensar que não há luta por igualdade no mundo da alta tecnologia, sim continuamos lutando, principalmente no alto escalão das big techs. O que a geração anterior abriu em espaços e conquistas precisa ser reconquistado por quem acaba de chegar. E como elas farão isso? Precisamos entender a “cultura de irmãos”, a chaga da alta gestão, que engessa a liderança, sempre dominada por homens e sucedida também por eles. A mulher que compreende o mecanismo e sobe a montanha, vai olhar para trás e estender a mão para a próxima mulher, orientá-la. A outra fará o mesmo e assim por diante. É esse o caminho!

Uma grande lição que vem dessa viagem sobre a cooperação e a rede de apoio que promove o crescimento de outras mulheres de forma ampla e irrestrita. É sobre resguardar o lugar que nos foi legado por aquelas que, antes de nós, foram referência em liderança. Participamos de mentorias e sabemos que tantas transformações no nosso modo de agir e pensar, exigem um novo mindset: o despertar da inteligência estratégica e emocional madura e ágil, uma nova visão de mundo de horizonte ilimitado e o mantra “vá e faça”.

A mentalidade do Vale do Silício é inquieta: tempo vale muito, tempo é dinheiro. Cada um contribui com sua experiência, independente de sua posição na escala e o sucesso vem de saber ouvir, antes de tudo. Se deu errado, corrija. Lidere com a consciência do impacto de duas decisões e promova a cultura entre as irmãs: mulheres apoiando mulheres, aprendendo juntas, ajustando a rota quando for preciso, mas sabendo onde querem chegar.

Adriana Martello é professora da PUCPR Câmpus Londrina e coordenadora do curso de Administração da PUCPR Londrina.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]