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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e  o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante encerramento dos cursos de formação profissional da Polícia Federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante encerramento dos cursos de formação profissional da Polícia Federal| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Os últimos movimentos políticos e econômicos da gestão Lula me deixam preocupado. As promessas de campanha foram colocadas de lado e a realidade se impõe de forma contundente. Lula jogou a toalha e cometeu um “sincericídeo” ao admitir que “dificilmente chegaremos à meta de déficit zero em 2024”. O ministro da Economia, Fernando Haddad, foi pressionado pela imprensa sobre as declarações do chefe. Irritado, deixou a coletiva sem responder sobre a meta fiscal. Sem comando, sem capitão, já podemos ver o naufrágio no horizonte.

Um governo que gasta sem responsabilidade acaba por trazer de volta a inflação e deixar os produtos e serviços mais caros. O ano de 2023 se encaminha para o fim deixando nos brasileiros a sensação de que se trabalha cada vez mais e o dinheiro vale cada vez menos. O peso da má gestão sobre o bolso da população só não é maior do que o peso de uma administração ideológica sobre a vida de cada um. A volta da insegurança crônica a partir de uma grave crise na segurança pública é a manifestação mais inequívoca disso.

O processo de sucateamento e desprestígio das forças de segurança só não avança mais do que a permissividade pública para com o crime. A única resistência que traficantes encontram é a de seus próprios concorrentes. Na Bahia, por exemplo, a guerra de facções consolidou o estado no topo do ranking de assassinatos em números absolutos no país. Já no Rio de Janeiro, andar de ônibus virou uma atividade de altíssimo risco por conta da disputa entre a milícia e o tráfico. Pelo menos 35 ônibus e um trem foram queimados após operação policial que resultou na morte de um miliciano.

No Rio Grande do Sul, a situação não é diferente. Dados divulgados pelo 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o estado possui pelo menos 15 organizações criminosas disputando o poder entre si e elevando o número de mortes nas cidades gaúchas. . Autoridades federais não oferecem soluções. O ministro da Justiça se nega a explicar a situação à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, deixando de comparecer a convocações oficiais. O presidente Lula se nega a combater o crime organizado. E os gaúchos e brasileiros pagam a conta – com o bolso e com a vida.

Luciano Zucco é deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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