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Você já escolheu em quem vai votar neste ano? Não? Então, é bom fazê-lo o quanto antes. A pergunta deve estar passando pela cabeça de boa parte dos brasileiros. Primeiro, o eleitor precisa ter claro qual é a sua posição política e o que espera do governo brasileiro.

Com sua posição política em mente, deve-se procurar os candidatos que melhor representem as suas ideias. O mais difícil é saber se, além de pensar como o povo, eles são honestos e realmente vão lutar pelo que defendem. O melhor jeito de descobrir isso é tendo muita informação. O fator mais importante é ver a coerência entre o que está sendo prometido e o cargo pleiteado. Existem coisas que são atribuição de deputados federais, mas que são prometidas por candidatos a deputado estadual. É importante o eleitor conhecer a atribuição de cada cargo nesta eleição, além do histórico do partido.

E onde devemos procurar estas informações? Depende. Para os grandes partidos que têm extensos tempos de tevê, dá pra conhecer um pouco mais dos candidatos. Mas o mais aconselhável é a internet e as redes sociais. A internet, hoje, é com certeza o meio mais crível para se buscar informações. Nela estão todas as informações oficiais, como as do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e as oficiosas, que são criadas por crackers ou pessoas de má fé. Um meio interessante é acessar os portais de jornais e buscar as matérias que já apareceram sobre o candidato.

No Brasil, o acesso à internet, de acordo com pesquisa Ibope/Nielsen Online divulgada em fevereiro deste ano, chega a aproximadamente 67 milhões de brasileiros. É um número considerável. Além disso, os internautas brasileiros são os que mais tempo permanecem conectados, à frente dos Estados Unidos, com média de 44 horas por mês contra 40 horas dos norte-americanos. Os políticos estão cientes dessa realidade. Basta saber que todos os candidatos à Presidência da República se utilizam de alguma mídia na internet para expor suas propostas, ouvir e se aproximar dos eleitores, seja o Twitter, sites próprios, blogs ou perfis em canais de relacionamento como o Facebook. Todos, sem exceção, estão na internet. Por isso a importância de buscar informações nas mídias sociais. Nelas podemos conhecer os gostos e as opiniões de cada um e, com isso, podemos ter um debate racional e mudar nosso voto ou o dos colegas. A mídia social é bem pessoal e mais rápida.

Muita gente acha que o voto nulo ou branco é uma forma de protesto, mas não é. O melhor protesto é o voto consciente. No Brasil, o resultado se dá com o voto válido, ou seja, desconsideram-se os votos brancos e nulos. A melhor forma de protesto é escolher melhor o candidato, pois alguns são bons, sim.

Um ponto importantíssimo é conhecer o histórico do candidato e propostas, pois é a garantia de cobrança no futuro. É engraçado: quando temos uma relação comercial, sabemos nosso direito e acionamos os meios legais quando precisamos; mas, na relação eleitoral, não. Depositamos nosso voto em um candidato e não olhamos de perto o seu trabalho. Isso só alimenta essa roda viciosa em que nos encontramos. Uma boa dica é dar um print screen nas telas com as promessas dos candidatos e, ao longo dos próximos quatro anos, acompanhar o que está sendo feito. Isso é necessário para separar os candidatos que realmente fazem a diferença daqueles que apenas só prometem. Deveria ser criado um banco de promessas, para podermos acompanhar a execução.

Enfim, devemos cobrar os candidatos de todas as formas, nas redes sociais, por e-mail, por carta, telefone e site. Os candidatos, após eleitos, têm o dever social de atender a quem a eles confiou o voto.

Elizeu Barroso Alves é professor dos cursos de gestão do Centro Universitário Internacional Uninter.

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