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O Paraná tem participado de forma cada vez mais dinâmica na retomada dos índices de crescimento da economia do país. A produção industrial avançou 34,3% no período 2002-2008, superando a média nacional, que foi de 25,5%, de acordo com dados comprovados pelo IBGE. O volume de vendas do comércio varejista teve uma expansão de 31,2% no acumulado de 2002 a 2008. As exportações estaduais saltaram de US$ 5,7 bilhões em 2002 para US$ 15,2 bilhões em 2008.

Essa recuperação generalizada de todos os setores de nossa produção, da agropecuária à indústria, resulta do dinamismo inerente à nossa gente e das medidas de gestão, prudentes e responsáveis, aplicadas pelo governo estadual durante os últimos anos. Tais registros positivos nos aproximam da meta comum a todos: um estado socialmente mais justo e com desenvolvimento sustentável.

O projeto de desenvolvimento que almejamos para o Paraná parte do reconhecimento de que vivemos num estado diverso e heterogêneo, com distintas realidades de concentração econômica, demográfica e dos ativos institucionais.

Nesses últimos anos, avançamos na superação de restrições históricas. Um comparativo feito entre os anos de 2002 e 2005 mostra que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná foi o que apresentou o maior crescimento entre os seis primeiros colocados no ranking nacional. O índice de pobreza teve queda de 8,25 pontos porcentuais no período de 2003 a 2008 no Paraná, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas. De acordo com o instituto, em 2003, 16% dos paranaenses (cerca de 1,6 milhão de pessoas) viviam abaixo da chamada linha da pobreza. Cinco anos depois, com 1 milhão habitantes a mais, o índice caiu para 7,75%, ou seja, 813 mil pessoas.

A queda mais acentuada aconteceu de 2005 a 2007, período em que adotamos uma série de medidas na área fiscal para fortalecer setores estratégicos da economia do Paraná. Medidas como a redução ou isenção do ICMS para as microempresas, para os produtos da cesta básica e para os insumos da construção civil. A sensibilidade em abrir um diálogo com o setor produtivo é o que nos permite adotar políticas como essas.

Isso mostra que a geração de emprego/renda foi outra conquista vertiginosa alcançada pelo Paraná. No período de 1995 a 2002, foram criados 37.882 postos de trabalho. Desde 2003 a setembro de 2009 são 652.662 novas vagas geradas, ou seja, 17 vezes mais empregos formais.

Os novos desafios do Paraná, portanto, giram em torno da existência de uma eficiente infraestrutura econômica e social: modernas rodovias, estradas de ferro, hidrovias, portos e aeroportos, além de saneamento básico, habitação, educação, saúde e segurança pública.

Ainda, há urgência na melhoria de facilidades para circulação das pessoas em busca de trabalho e educação, a suprir mediante aumento dos meios de transporte como a manutenção e ampliação das linhas férreas, principalmente na região metropolitana de Curitiba, em que propomos um serviço de transporte de massa sobre trilhos. Outras necessidades, em educação, segurança e saúde, precisam ser atendidas para integrar os novos moradores metropolitanos ao padrão desfrutado pelos cidadãos dos grandes centros.

A tarefa de construir um novo Paraná será facilitada pelo ambiente cada vez mais favorável. O Brasil e o Paraná demonstraram notável capacidade de resistência diante da crise econômica global. Êxitos em outros campos podem ser exemplificados com a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, com a indicação de Curitiba como uma das 12 capitais para a realização dos jogos e, agora, do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

O desenvolvimento do nosso Paraná deve estar apoiado em uma gestão empenhada no conhecimento profundo da realidade do estado, visando à proposição de políticas públicas voltadas aos desafios sociais e ao respeito ao meio ambiente. É a revelação da verdadeira intenção de promover o desenvolvimento e diminuir a desigualdade de seu povo de forma responsável, duradoura e evolutiva.

Orlando Pessuti é vice-governador do Paraná

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