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Se as raças fossem invertidas, Bethany MaGee seria tão conhecida quanto George Floyd.
MaGee, de 26 anos, estava viajando recentemente no metrô da linha L em Chicago, Estados Unidos. Enquanto estava sentada, a polícia acredita que Lawrence Reed, de 50 anos, se aproximou por trás e jogou gasolina nela. Apesar de sua tentativa de fugir, Reed a incendiou. Ela rolou no chão em uma tentativa vã de apagar as chamas. Quando o trem chegou à estação, ela saiu do vagão ainda queimando viva. Dois bons samaritanos a ajudaram a apagar o fogo. Ela sobreviveu, mas sofreu queimaduras graves. Enfrenta uma recuperação longa e difícil.
De alguma forma, esse crime se torna ainda mais ultrajante. Reed já havia sido preso 72 vezes. Sim, você leu certo. Desde 2016, ele foi preso mais de 20 vezes. Ele já se declarou culpado de nove crimes graves. Apenas três meses antes desse ataque, Reed estava sob custódia.
Em uma audiência em agosto, a promotora assistente Jerrilyn Gumila pediu à juíza do Condado de Cook, Teresa Molina-Gonzalez, que mantivesse Reed atrás das grades. Gumila relatou que, três dias antes da audiência, Reed havia deixado uma assistente social inconsciente.
O monitoramento eletrônico “não seria capaz de proteger a vítima ou a comunidade de outro ataque violento, aleatório e espontâneo”, afirmou a promotora.
“Eu entendo sua posição, mas não posso manter todos na prisão só porque o Procurador do Estado quer”, disse Molina-Gonzalez.
Ela liberou Reed sob monitoramento eletrônico. Isso não o impediu de supostamente atear fogo em MaGee. Este caso deveria ser notícia de grande repercussão por pelo menos três motivos. Primeiro, os detalhes do crime são chocantes e repugnantes. A vítima é uma jovem atraente, algo que a imprensa sensacionalista costuma adorar.
Segundo, há um grande escândalo envolvido: a polícia tinha um criminoso contumaz sob custódia, e um juiz o libertou apesar do alerta da promotora de que ele representava um perigo. Terceiro, o presidente Donald Trump tem se desentendido com o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, sobre a segurança da cidade. Em outubro, Trump chegou a enviar a Guarda Nacional para Chicago.
Uma busca por “Bethany MaGee” no site do The New York Times, no entanto, não apresentou nenhum resultado até o momento da publicação deste texto. O Washington Post também não tinha nenhuma menção. Dias depois do ocorrido, o NBC Nightly News finalmente mencionou o ataque, mas aproveitou a ocasião para criticar Trump.
Eles se calam porque esse crime não se encaixa na narrativa da esquerda
Eles querem que você acredite que o sistema de justiça criminal é sistematicamente racista contra afro-americanos. O que importa é a identidade de grupo de alguém, não ações individuais.
Os americanos brancos têm privilégios especiais. Este caso demonstra o quão ridículas são essas alegações. Reed não foi preso por ser negro. Ele foi tratado com condescendência pelo sistema judiciário, apesar de dezenas de prisões.
Os defensores da teoria crítica da raça agrupam as pessoas com base na cor da pele. Eles afirmam que os negros são as vítimas, enquanto os brancos são os opressores. Sim, a visão de mundo deles exige acreditar que a mulher que foi queimada viva era a opressora. É mais fácil ignorar essa história do que explicar esse absurdo.
A cor da pele de MaGee não lhe conferiu nenhuma vantagem especial naquele vagão de trem. Também não protegeu a imigrante ucraniana Iryna Zarutska quando Decarlos Brown Jr. supostamente a esfaqueou. Ela não teve muitos privilégios quando a maioria dos seus companheiros de viagem a ignorou enquanto ela sangrava até a morte.
O sistema de justiça criminal dos Estados Unidos tem um problema sistêmico, mas não é a supremacia branca. São os juízes e promotores que protegem os criminosos, e não o povo.
©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: When a Crime Burns Up the Narrative



