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Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa
Antes do assassinato de Rhuan, as duas castraram o garoto havia dois anos.| Foto: Divulgação/Polícia Civil-DF

A ideologia de gênero fez sua primeira morte no Brasil. No início desse mês, o menino Rhuan Maycon, de apenas 9 anos, foi barbaramente morto e esquartejado por sua própria mãe e a parceira, que o consideravam um peso na relação amorosa que mantinham. O nível de crueldade, contudo, desce a profundezas ainda mais obscuras. Durante as investigações, a polícia descobriu que, dois anos antes do assassinato, a mãe e a parceira amputaram o pênis e os testículos do menino, pois queriam que ele fosse uma menina.

Como membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, fiz questão de conhecer os detalhes do caso. Em primeiro lugar, pela monstruosidade ímpar do crime, mas também pela indignante recusa de grandes veículos de mídia em repercutir o ocorrido. Diferentemente do que aconteceu com outras histórias envolvendo a execução de crianças, casos que naturalmente recebem grande atenção midiática, o que fizeram ao menino Rhuan parece ter sido propositalmente abafado por emissoras de tevê e jornais.

A narrativa preferida de alguns gigantes da mídia é a de que, no Brasil, homossexuais são sempre vítimas, nunca agressores

A razão? Depois de ter conversado com os investigadores e analisado todo o inquérito, estou absolutamente convencido de como a adesão das criminosas à perniciosa ideologia de gênero as motivou a matar Rhuan. A mãe o odiava por ser o que era – um menino –, e levou sua repugnância ao nível extremo de mutilar seus órgãos genitais, em casa, com instrumentos de cabeleireira, sem anestesia, tudo para “transformá-lo” numa menina. E Rhuan viveu nessas condições, em cárcere privado, por dois anos, até que a violenta amputação pareceu não ser suficiente para tolerar sua existência.

Outro provável motivador do silêncio desses grandes grupos de comunicação é fato de que se trata de um crime hediondo cometido por duas lésbicas, contra uma criança. A narrativa preferida de alguns gigantes da mídia, contudo, é a de que, no Brasil, homossexuais são sempre vítimas, nunca agressores. Isso é uma fantasia insustentável, que até desumaniza os homossexuais, mas, para essa parte da mídia, sustentá-la parece mais importante que denunciar um homicídio, seguido de decapitação e escalpelamento, como se um crime com essas características ocorresse toda hora e não justificasse produção de notícia.

Leia também: O que há por trás da ideologia de gênero (artigo de João Luiz Agner Regiani, publicado em 27 de dezembro de 2017)

Leia também: Ideologia de gênero no mundo dos negócios (artigo de Bernardo Pires Küster, publicado em 17 de janeiro de 2018)

Teóricos da ideologia de gênero afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, que isso é uma identidade a ser construída, e que o gênero é fluido, independentemente do que a biologia determine como masculino ou feminino. Trata-se de uma fraude acadêmica facilmente exposta pelas neurociências, mas a ideia ganhou muitos adeptos socialmente influentes e há anos vem fazendo uso de diferentes formas de intimidação para calar críticos e ganhar ares de razoabilidade.

O que a mãe de Rhuan e sua parceira fizeram ao menino, no entanto, é a inconveniente prova de como os mais vulneráveis entre nós, as crianças, podem sofrer quando esta loucura é levada a sério pelos adultos que deveriam protegê-las.

Filipe Barros é deputado federal (PSL-PR).

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