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Entramos em época de propagandas eleitorais de todas as maneiras e formas. Diariamente somos bombardeados por informações que não queremos ver ou, muitas vezes, de que não precisamos. A propaganda eleitoral gratuita obrigatória começou. Então, querendo ou não, você liga o rádio ou a tevê e lá estão os candidatos aos cargos de presidente, senador, governador, deputado federal e estadual. Os candidatos aos cargos públicos mudaram, mas parece que os problemas continuam os mesmos.

Segundo dados do Ministério dos Transportes, a falta de infraestrutura nos portos e estradas causou um prejuízo de US$ 23 bilhões ao país, reflexo da falta de investimento no setor. Apenas 0,42% do Produto Interno Bruto (PIB) é revertido para essa área. O caos portuário tem se agravado a cada ano. A razão é muito simples: a produção de 100 milhões de toneladas, em 2000, passou para 180 milhões em 2013, sem investimentos significativos em infraestrutura. O Brasil aumenta suas exportações, mas é o país que menos investe em infraestrutura. Enquanto investimos 0,42% do PIB, a China faz o mesmo com 10,6%, ou seja, estamos bem atrasados.

Além da falta de conservação, nós temos apenas 11 mil quilômetros de estradas duplicadas, a maioria concentrada no Centro-Sul do Brasil. Para se ter uma ideia, nove estados brasileiros não têm nem um quilômetro sequer de rodovias duplicadas. Segundo estudo da consultoria norte-americana Bain&Company, a malha do país tem 212 mil quilômetros de vias pavimentadas, o que nem chega perto do número dos Estados Unidos, por exemplo, que é de 4,2 milhões de quilômetros. A diferença é gritante.

Segundo pesquisa de 2013 da Confederação Nacional dos Transportes, o estado geral das rodovias brasileiras teve uma piora no último ano. De acordo com o estudo, 63,8% da extensão avaliada apresenta alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. Em 2012, o índice havia sido de 62,7%. Também aumentaram os pontos críticos, passando de 221 para 250. São consideradas como pontos críticos situações que trazem graves riscos à segurança dos usuários, como erosões na pista, buracos grandes, quedas de barreira ou pontes caídas.

Uma das ações mais simples para solucionar, em partes, o problema das estradas, seria a duplicação das rodovias já existentes. Para isso, basta um planejamento eficiente e organizado, investindo parte de recursos do governo e outra parcela em conjunto com a iniciativa privada, cobrando um pedágio justo e plausível. Mas, pelo que parece, os governantes têm dificuldade de estabelecer o plano e, mais ainda, colocá-lo em prática.

Está na hora de o povo brasileiro ir à luta, exigindo seus direitos e voz ativa que a população deve ter. E, além do povo, cada categoria deve se unir. Os empresários do setor de transportes devem, unidos, buscar melhorias e investimentos no setor, cobrando dos governantes que nós elegemos melhores condições. Além disso, deve-se cobrar transparência, pois o investimento do povo brasileiro no próprio país não é baixo.

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