Para começar este resumo de notícias. Aprovado em novembro de 2020 pelo Senado, o projeto de lei que formaliza a autonomia do Banco Central foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10). A proposta é uma das 35 prioridades do governo federal em 2021. Para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um Banco Central com autonomia blinda a instituição de ingerências e de “politicagem”.
E agora, como fica? Desde que passe pela sanção do governo federal, com a mudança, presidente e diretores do Banco Central passam a ter mandatos fixos. Apesar de ainda serem indicados pelo presidente da República, os anos de mandato não irão coincidir com o período eleitoral. De Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana apresenta tudo sobre o que muda com “declaração de independência” do BC.
Utilidade pública
Anvisa versus Congresso. Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres pediu que o presidente Jair Bolsonaro vete parte da Medida Provisória (1003/2020) que estabelece cinco dias para aprovação de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. Entenda o pedido.
Máscaras e vitaminas. Nesta quarta-feira (10), o Centro de Controle de Doenças nos Estados Unidos (CDC) atualizou as diretrizes no combate à pandemia. Segundo o CCD, utilizar duas máscaras, uma por cima da outra, reduz o risco de transmissão do vírus em 96,5%; veja os materiais adequados para uso. E a editora de Saúde Amanda Milléo faz um alerta: os efeitos da vitamina D contra a Covid-19 continuam uma incógnita; confira os riscos.
Atualização e risco de prisão. Em 24 horas, entre terça (9) e quarta (10), o Brasil registrou mais 59.602 casos de Covid-19, e 1.330 mortes pela doença, segundo o último boletim do Ministério da Saúde. Até o momento, são 9.659.167 diagnósticos confirmados, com 234.850 óbitose 8.596.130 recuperados. Com o alto índice de casos no país, além da proibição de entrada em vários países, o Reino Unido decretou que pode prender viajantes que omitirem passagem pelo Brasil.
Política e economia: além da autonomia do Banco Central
Reforma administrativa. Já está de posse da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados a proposta de reforma administrativa do governo federal, parada na Casa desde setembro do ano passado. Com o compromisso firmado entre Executivo e Legislativo, a expectativa é que o projeto volte a tramitar depois do recesso de carnaval. Célio Yano explica em detalhes o que o governo está propondo, com uma série de mudanças nas regras de contratação, salário e benefícios dos servidores públicos, e também mostra que a aprovação do projeto ainda tem um longo caminho pela frente.
Vai pra onde? Sem conseguir viabilizar o Aliança pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro deve definir em março a qual partido irá se filiar para disputar as eleições de 2022. De Brasília, Olavo Soares conta que ele recebeu convites de cinco partidos, mas apenas três estão no páreo. Veja quais são, o que conta a favor e contra eles para a filiação do presidente. Na quarta-feira (10), Bolsonaro esteve reunido com prefeitos e fez um apelo para que não fechem o comércio como medida de combate à Covid-19. Além disso, acenou com a possibilidade de liberar mais recursos neste ano.
Giro pelo mundo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em pronunciamento que deve bloquear o acesso a US$ 1 milhão em fundos de Mianmar, em resposta ao golpe militar ocorrido no país em 1º de fevereiro. Na Alemanha, o governo anunciou que o lockdown no país será estendido até 7 de março, em uma tentativa de controlar a disseminação de novas variantes do coronavírus.
O que mais você precisa saber hoje
- Judiciário. Direito ao esquecimento: julgamento é retomado no STF com divergência sobre danos morais
- Lava Jato. Aras encaminha pedido de investigação de procuradores à Corregedoria do MP
- Cuidados. Pediatra tira dúvidas sobre a volta das crianças às escolas
- Preocupante. Depressão e suicídio entre jovens aumentam durante resposta à pandemia
Colunas e artigos
Big Brother. Já que a atenção de milhões de pessoas está voltada para o Big Brother Brasil, os colunistas Paulo Cruz, Bruna Frascolla e Francisco Razzo também apresentam suas análises sobre o programa. Paulo fala sobre a overdose de exibicionismo moral, Bruna apresenta um plano para lidar com as polêmicas do BBB e Francisco explica por que não assiste ao reality show. E por que gostamos tanto de repercutir opiniões estapafúrdias? Polzonoff tem uma explicação para isso.
Nossa visão
Perseguição ideológica. Por mais que a moda recente seja a censura realizada pelas Big Techs sobre contas ou publicações conservadoras, alguns métodos mais antigos continuam funcionando plenamente quando se trata de enquadrar quem “sai da linha”. É o caso de alas ideologizadas do Ministério Público, que no Rio de Janeiro moveu ação civil pública contra a deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ) por causa de uma publicação feita por ela em junho de 2020, alegando discriminação contra a comunidade LGBT. Confira em nosso novo editorial: Chris Tonietto e uma perseguição ideológica no MPF.
O fato é que apontar para a existência de um movimento que busca dar legitimidade social (e legal) à pedofilia nada tem de teoria da conspiração. Trata-se de um esforço real, que já vem de décadas e é, sim, filho da revolução sexual dos anos 60 do século passado, o que Tonietto também aponta em sua publicação.
Para inspirar
Filhos e padrões estéticos. Um dos lados ruins da internet foi potencializar, ainda mais, a busca por padrões estéticos. Pior ainda: adolescentes e até crianças querem atingir padrões de corpos ideais, roupas da moda e um estilo de vida quase utópico. Os pais precisam ficar de olho nisso. Para ajudar, confira na reportagem de Rossana Bittencourt, da Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo, como prevenir que os filhos busquem padrões estéticos só possíveis na internet.
Tenha um ótimo dia!
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