Bom dia!
Para começar. Na noite desta terça-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento sobre a pandemia de coronavírus.
O chefe do executivo lembrou as medidas econômicas (como o voucher de R$ 600 reais a trabalhadores informais, que ainda aguarda sanção presidencial) e defendeu a utilização de cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos que vêm apresentado bons resultados - e que o Ministério da Saúde garantiu que não haverá falta. O presidente também prometeu adiamento em reajustes em medicamentos por 60 dias.
Além de reforçar medidas já anunciadas, Bolsonaro novamente citou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gheybresus, ao defender a manutenção da força de trabalho. Mas baixou o tom: reconheceu a pandemia como o “maior desafio da nossa geração”. Contudo, ele foi alvo de panelaços por todo o Brasil. De Brasília, o correspondente Olavo Soares traz um resumo completo da nova visão do presidente sobre Covid-19.
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Discurso alinhado. Em entrevista coletiva na tarde desta terça (31), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi acompanhado pelos ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia) e general Braga Netto (Casa Civil).
Em um resumo da coletiva (clique nos links para ler mais), os números da Covid-19 no Brasil foram atualizados e todos os ministros presentes defenderam o isolamento. Paulo Guedes disse que a MP que vai permitir redução e suspensão de salário está para sair, afirmou que o ‘orçamento de guerra’ contra o coronavírus já chega a 2,6% do PIB e garantiu que o auxílio a informais é similar ao voucher norte-americano, mas pediu paciência quanto à liberação. Já Moro prorrogou o fechamento da fronteira com a Venezuela e apelou a juízes para “ponderarem solturas”.
Pelo mundo. País com o maior número de casos registrados de coronavírus (180 mil), os Estados Unidos ultrapassaram a China em número de mortes pela doença: mais de 3,6 mil mortos. Na Espanha, o número de mortes bateu novo recorde. Já a Itália parece ter atingido o pico da epidemia, após o contágio mostrar estabilidade.
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Segurança pública. Além da saúde e da economia, outra área que pode sentir diretamente a pandemia é a segurança. De Brasília, a correspondente Kelli Kadanus mostra todos os reflexos, da violência doméstica a policiais infectados. Em debate, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves e cantora Marcela Taís também orientaram mulheres sobre como agir em caso de violência e abuso.
Vírus derruba governos, não a fé. Historiador da USP e professor de política internacional, o colunista Filipe Figueiredo faz um alerta a governos que estão “batendo-cabeça”: o novo coronavírus derrubou seu primeiro governo na Europa. Já Rafael Salvi apresenta a união de pensamentos de religiões Cristãs, do Islã e o Judaísmo: rezar em casa.
Palavras para o futuro. Na coluna Certas Palavras, o jornalista Célio Martins traz uma visão diferente dos apocalípticos das finanças: um estudo mostra que o isolamento durante a pandemia pode proteger a economia; entenda por quê. Em nova crônica, o jornalista Paulo Polzonoff convida o leitor a pensar no dia em que o pesadelo terminar. E não que isso anime (na verdade, desanima), mas o “ambiente perfeito” para a próxima pandemia já está criado, entenda na reportagem de Tiago Cordeiro.
Minuto coronavírus
O mais importante de ontem no Brasil
- Agronegócio. Paraná estima safra histórica de grãos, mas escoamento preocupa
- Em menos de um mês. Equipe econômica muda discurso e agora fala em injetar R$ 750 bi
- Imposto de Renda. Câmara quer votar ainda nesta semana adiamento da declaração
- "O Brasil não pode parar". Barroso proíbe governo de fazer campanha contra o isolamento
- Viagens. Trump considera proibir viagens do Brasil e de outros países para os EUA
Nossa visão
Liberdade de manifestação. A Gazeta do Povo comenta as decisões judiciais que impedem a realização de manifestações que pedem o afrouxamento das medidas restritivas em cidades e estados. Leia o editorial: O coronavírus e as liberdades de expressão e manifestação.
A proibição de carreatas, em que o risco de contágio é mínimo ou inexistente, é uma perigosa violação das liberdades de expressão e de reunião previstas na Constituição Federal.
Para inspirar
Crianças em casa. A Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo mostra que é possível deixar smartphone, tablet e videogame de lado. Libere um espaço seguro aproveite esta lista com 20 exercícios físicos para crianças durante o isolamento.
Tenha um boa quarta-feira: em casa!
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