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Bolsonaro reconhece vitória de Biden
Visita à Casa Branca, em 2019: um mês após eleições, Bolsonaro reconhece vitória de Biden.| Foto: Foto: Alan Santos/PR

Para começar esse resumo de notícias. Um dia após o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos confirmar oficialmente o democrata Joe Biden como presidente norte-americano, o chefe do Executivo no Brasil fez um gesto simbólico. Na tarde desta terça (15), em entrevista ao vivo na TV Band e, em paralelo, nas redes sociais, Jair Bolsonaro reconheceu a vitória de Biden.

Exemplo de Putin. Bolsonaro também autorizou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a divulgar uma nota oficial do Itamaraty. Veja o que disse o presidente da República. Ele admitiu a vitória do democrata no mesmo dia em que seu par da Rússia, Vladimir Putin, divulgou nota pública com cumprimentos a Biden.

Conexão Brasil-Rússia. Ainda que as mensagens de Putin e Bolsonaro a Biden não tenham sido um “ato combinado”, o alinhamento entre Brasil e Rússia parece ter ficado ainda mais próximo com a derrota de Donald Trump,. Em coluna na Gazeta do Povo, o experiente jornalista Diogo Schelp destaca: a aproximação com Putin faz todo o sentido e mostra que eles estreitando as relações já há algum tempo. Mas e quanto a Donald Trump, por que ainda não reconheceu a derrota? Entenda no texto de Rafael Salvi os motivos que levam o [ainda] presidente norte-americano a contestar a eleição.

Utilidade pública

Plano de vacinação. Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello surpreendeu os governadores nesta terça com um convite: para a cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Imunização, nesta quarta-feira (16), às 10h, no Palácio do Planalto. O anúncio do plano contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro. A princípio, a estimativa do governo é vacinar toda a população em pouco mais de ano, começando pelos públicos prioritários (de risco).

Sem calendário definido. Além disso, após o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski determinar, no domingo (12), que o governo  divulgue de um calendário de imunização em 48 horas, o Ministério da Saúde se manifestou dizendo que pode começar vacinação cinco dias após o primeiro registro emergencial aprovado pela Anvisa.

Vacina obrigatória? O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta (14) que, quem quiser tomar a vacina contra o coronavírus, precisará assinar um termo de responsabilidade. Contudo, a questão já foi judicializada. O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta quarta se a imunização será obrigatória; entenda o que está em jogo na reportagem de Wilson Lima, correspondente em Brasília. Já a vacina russa Sputnik V só deve começar a ser testada no Brasil em fevereiro, no Paraná. Esse imunizante teve eficácia de 91,4% ao final da fase 3 de testes.

Atualização. O Brasil voltou a registrar quase mil mortes por corovírus em 24 horas. Segundo último boletim do Ministério da Saúde, foram 42.889 novas infecções por Covid-19 e 964 óbitos entre segunda (13) e terça (14). São 6.970.034 infectados, 182.799 mortes confirmadas e 6.067.862 recuperados. Há ainda 58 casos de reinfecção em estudo no Brasil, sendo um confirmado. Uma dessas suspeitas é do treinador Vanderlei Luxemburgo, que está hospitalizado e contraiu a doença pela primeira vez em julho. Também do esporte veio a notícia do falecimento do comentarista Orlando Duarte, por complicações da Covid-19. Ele estava internado há três semanas em São Paulo.

Política e economia: além de Bolsonaro e Biden

Orçamento. O Congresso agendou para esta quarta a votação a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece os parâmetros para a Lei Orçamentária Anual (LOA) – Orçamento federal propriamente dito. O governo e o relator da LDO, senador Irajá (PSD-TO), propuseram uma série de mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias; veja como ficou a previsão de orçamento no texto de Jéssica Sant’Ana, correspondente em Brasília. Além disso, com o fim do auxílio emergencial, o governo estuda antecipar o 13º salário dos aposentados em 2021.

Acusações. O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou sobre a acusação de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria auxiliado a defesa de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das "rachadinhas". Para Aras, a denúncia é grave, mas faltam provas. Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno disse que o relatório da Abin a favor de Flávio é uma "narrativa fantasiosa". Já o ministro do STF Alexandre de Moraes prorrogou três inquéritos envolvendo Bolsonaro por mais 90 dias. São eles: Fake News, Atos Antidemocráticos e a acusação de intervenção na Polícia Federal.

Giro pelo mundo. Além de Bolsonaro reconhecer a vitória de Biden, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, admitiu a derrota de Trump. México e Polônia também reconheceram. Em outra notícia dos Estados Unidos, surgiu a suspeita de que a China usou telefonia móvel no Caribe para espionar norte-americanos. Já na América do Sul, pela primeira vez, a Promotoria do Tribunal Penal Internacional apontou crimes de lesa-humanidade na Venezuela. Na Argentina, a oposição pedirá impeachment da vice Cristina Kirchner.  Na África, um homem que diz ser líder do grupo terrorista Boko Haram reivindicou o ataque a uma escola da Nigéria.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Os colunistas da Gazeta do Povo abordam a corrida das vacinas; veja as lições da Operation Warp Speed – ou “Operação Além da Velocidade da Luz”, do governo Trump, apresentadas pelo colunista internacional Leonardo Coutinho, direto de Washington. O jornalista Diogo Schelp correlaciona a expectativa da vacina e os mais de 180 mil mortos por Covid no Brasil. O cronista Polzonoff destaca a pergunta que não quer calar: quantas mortes poderiam ter sido evitadas na pandemia? Enquanto isso, a doutora em Filosofia Bruna Frascolla traz notas de uma genocida sobre os comportamentos na pandemia. E nesse cenário, o advogado Carlos Alberto Di Franco fala sobre um Natal único. Disruptivo. Com todos algemados pela impotência.

Nossa visão

Juros e inflação. Por mais que a inflação continue assustando, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter os atuais 2% ao ano na taxa básica de juros, a Selic. O comunicado da reunião encerrada na quarta-feira passada, dia 9, afirma que o Banco Central está monitorando os preços, mas há alguns sinais no comunicado que apontam, ao menos, para o fim da previsibilidade na definição da Selic em 2021. Tema para editorial da Gazeta do Povo: Juros baixos, mas por quanto tempo?

Se as previsões se confirmarem, deve haver alterações significativas tanto do lado da oferta quanto pela demanda. O fim do auxílio emergencial, sem que ainda haja uma retomada mais firme da atividade econômica e, especialmente, do emprego, deve reduzir os gastos das famílias. Enquanto isso, a disponibilidade de alguns produtos no mercado interno deve aumentar – é o caso, por exemplo, do arroz, cuja safra começa a ser colhida em meados de janeiro. Também por isso se justifica a manutenção dos 2%, dando fôlego a governo e ao setor produtivo.

Para inspirar

Encorajamento. Em mais uma daquelas narrativas inspiradoras, a Equipe Sempre Família da Gazeta do Povo apresenta a história de uma mulher com lesão na medula espinhal e somente um ovário que engravidou e agora apresenta sua jornada em uma rede social. Vale ler - e se inspirar nos caminhos de superação traçados por Alyssa Higgings.

Tenha um ótimo dia!

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