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Doses da Coronavac: Brasil e estados
Doses da Coronavac começaram a ser distribuídas aos estados: enfermeira Lucimar de Oliveira foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Paraná.| Foto: Reprodução/Tribuna do Paraná

Para começar este resumo de notícias. Após a Anvisa aprovar o uso emergencial da vacina de Oxford-AstraZeneca e da Coronavac, a vacinação começou nesta segunda-feira (18) nos estados, às 17h. Apenas o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), antecipou o início da aplicação de doses da Coronavac para domingo (17). Direto de Brasília, o correspondente Olavo Soares resume como foi o início da imunização pelo Brasil.

6 milhões de doses da Coronavac - importadas e produzidas no Brasil pelo Butantan - foram as primeiras a serem distribuídas para todas as regiões o país. Elas foram levadas a pontos estratégicos por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e de companhias aéreas privadas. A repórter Camila Abrão revela aqui a quantidade de doses que o Brasil já tem e quantas seguem para cada estado, e explica que as vacinas serão distribuídas com base em taxa de risco.

Utilidade pública: além das doses da Coronavac e das vacinas por estado

Doses de Oxford. Além da Coronavac, nesta segunda (18), o presidente Jair Bolsonaro recebeu o embaixador indiano no Brasil, Suresh K. Reddy, após a Índia atrasar o envio de 2 milhões de doses da vacina de Oxford. Esse imunizante também será produzido pela Fiocruz (RJ), mas o governo tenta importar imunizantes já prontos para ampliar a vacinação. O Paraná, por exemplo, além das 300 mil doses da Coronavac que estão sendo enviadas ao estado, espera 100 mil imunizantes de Oxford. Confira no texto de Marcos Xavier Vicente.

Qual estratégia seguir? Independente do imunizante, a recomendação é para duas doses. Mas o que seria o melhor neste momento: reservar duas aplicações por pessoa agora, ou vacinar mais pessoas e, depois, aplicar a dose de reforço? Em reportagem, Amanda Milléo explica por que vacinar mais pessoas limitaria a pandemia sem reduzir a eficácia. E além de saber quantas doses de Coronavac o Brasil tem, e quantas de Oxford estarão disponíveis, é importante conhecer como funcionam essas duas vacinas aprovadas pela Anvisa.

Atualização. O último boletim do Ministério da Saúde informa que o Brasil registrou 23.671 casos e 452 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Até o momento, o país registra 8.511.770 infectados, 210.299 óbitos e 7.452.047 recuperados.

Política e economia

2022. A decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de antecipar a vacinação no domingo (17) não pegou bem entre seus pares. Governadores decidiram isolar o tucano e endossar o programa federal de imunização.  O jornalista Wilson Lima conversou com alguns governadores e aliados de Doria que avaliam não apoiá-lo para presidente em 2022 devido às atitudes. A eleição para presidente da Câmara, que será presencial dia 1º de fevereiro, também influencia a disputa presidencial. Nesse sentido, Rodolfo Costa explica como a disputa pela Câmara pode influenciar eleição de 2022.

Frete e montadoras. Enquanto o governo tenta evitar uma nova greve dos caminhoneiros, a categoria acompanha o julgamento da tabela do frete no STF; confira como está esse processo na apuração de Wilson Lima. E além saída da Ford do Brasil, outras duas montadoras pararam as produções recentemente; veja quais e conheça os impactos para emprego e economia.

Giro pelo mundo. Enquanto Joe Biden se prepara para tomar posse nesta quarta (20) na presidência dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou que fará um evento de despedida alternativo no mesmo dia e, nesta segunda, suspendeu restrições de viagens do Brasil, União Europeia e Reino Unido. Já a Noruega investiga a relação entre vacina e mortes de idosos debilitados. Na Rússia, o maior crítico de Vladimir Putin foi condenado e pediu protestos de rua contra a medida. Na Itália, Câmara dos Deputados da Itália decide manter Giuseppe Conte como primeiro-ministro.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Guerra da vacina. A disputa entre Jair Bolsonaro e João Doria pelo protagonismo da vacina contra Covid-19 é tema dos nossos colunistas. Madeleine Lacsko destaca o lado positivo sobre a vacina e a força do cidadão comum. Rodrigo Constantino afirma que a espetacularização rende dividendos eleitorais, mas dúvidas da ciência permanecem. J.R. Guzzo destaca que a guerra das vacinas não provou nada. Nem qual será seu peso para a eleição de 2022. E Diogo Schelp escreve que o ar rarefeito na política nacional leva brasileiros à morte por asfixia.

Nossa visão

Para todos e rápido. Não há segredo: para que um país consiga erradicar uma doença, o meio mais rápido e eficiente é a vacinação em massa, para que se garanta uma cobertura suficiente a ponto de bloquear a circulação do agente causador da doença, seja vírus ou bactéria – é este bloqueio que também protege aquelas pessoas que não podem (normalmente, por contraindicação médica) ou não desejam (por exemplo, por restrições de cunho moral) se vacinar. Confira mais em nosso editorial: Vacina para todos, o quanto antes.

Garantir uma ampla cobertura vacinal de forma rápida exige a remoção de entraves burocráticos, por exemplo para a importação de insumos e de doses já prontas para uso. Trata-se de tirar do caminho exigências desnecessárias para que o país possa ter o quanto antes as doses necessárias para imunizar os brasileiros. Isso inclui, por exemplo, criar as condições necessárias para que tanto o Instituto Butantan quanto a Fiocruz tenham à disposição o material necessário para fabricar as vacinas no ritmo adequado, sem atrasos provocados pela burocracia.

Para inspirar

Associação Refúgio. Uma organização criada em Cambé, no interior do Paraná, mostra como é possível olhar “o ser humano como um todo”, como afirma o criador, reverendo Márcio José Novais de Carvalho, da Igreja Presbiteriana. Confira na reportagem de Lucian Haro como, prevenindo o trabalho infantil, essa associação já atendeu mais de mil crianças no interior do Paraná.

Tenha uma boa semana!

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