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Frango com Covid e surtos de coronavírus em frigoríficos
Frango com Covid e surtos de coronavírus em frigoríficos colocam setor produtivo em alerta.| Foto: Albari Rosa / Arquivo / Gazeta do Povo

Para começar esse resumo de notícias. A China informou nesta quinta-feira (13) que uma amostra de embalagem de asa congelada importada do Brasil testou positivo para coronavírus. Após detectar o frango com Covid, as autoridades chinesas rastrearam pessoas que tiveram contato com a remessa proveniente de Santa Catarina. Elas não estavam contaminadas.

Pode transmitir? A Organização Mundial de Saúde foi questionada e minimizou os riscos. A equipe de Saúde da Gazeta do Povo explica: alimento congelado pode conter vírus, mas bastam alguns cuidados preventivos. Uma grande preocupação, contudo, não é quanto ao frango com Covid: é a alta contaminação na linha produtiva. Maior produtor de aves do Brasil, o Paraná teve 4.171 trabalhadores infectados entre aproximadamente 100 mil de 300 frigoríficos.

Surto na BRF. Poderia se dizer que mais de 4 em cada 100 funcionários do setor foram contaminados, mas apenas a unidade da BRF em Toledo, no Oeste paranaense, concentra 25% dos casos totais. Confira na reportagem de Célio Yano mais informações sobre o contágio entre funcionários e saiba mais sobre o frango com Covid embalado pela Aurora, em Santa Catarina, e exportado para a China.

Utilidade pública: além de frigoríficos e o frango com Covid

Cavalo com anticorpos. Além do frango com Covid, outro animal chama a atenção na pandemia. Mas por um bom motivo. Um soro 100% brasileiro produz anticorpos até 50 vezes mais potentes contra o coronavírus do que o plasma sanguíneo humano. A técnica utiliza cavalos para produzir anticorpos, sendo um potencial novo tratamento para pacientes com coronavírus. Veja o que falta para o início de testes em humanos. Quanto à vacina da Rússia, que o Paraná pretende produzir, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, criticou: disse que os dados da Rússia são rasos.

Quem terá a primeira vacina confiável contra a Covid-19? Mais de 160 candidatas estão sendo testadas pelo mundo. A Gazeta do Povo desenvolveu um infográfico especial – sempre atualizado – para acompanhar cada etapa das pesquisas; acesse agora.

Atualização e testagem. Em 24 horas, o Brasil confirmou mais 60.091 casos e 1.262 mortes por Covid-19. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o país acumula 3.224.876 infectados, 105.463 óbitos e 2.356.640 recuperados. Para combater a pandemia, a pasta informa que já distribuiu mais de 13 milhões de testes diagnósticos. Confira na reportagem de Camila Abrão quantos foram efetivamente realizados e por que a testagem em massa está lenta.

Fraudes na pandemia. É importante saber: segundo levantamento da Controladoria Geral da União (CGU), pelo menos 680 mil servidores receberam auxílio emergencial de forma irregular. O prejuízo passa de R$ 1 bilhão. Além disso, a Polícia Federal fez mais uma operação contra desvios de recursos do combate ao coronavírus em oito estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão.

Minuto Coronavírus

Política e economia

Lava Jato sem Deltan? Às vésperas de um julgamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que pode afastar da Lava Jato o coordenador da operação de Curitiba, Deltan Dallagnol, mais de 20 integrantes e ex-integrantes da força-tarefa saíram em defesa do procurador; entenda o caso na reportagem de Kelli Kadanus, correspondente em Brasília. Kelli também traz o posicionamento de entidades que veem ameaças no combate à corrupção com as novas regras de acordos de leniência, que excluem o Mistério Público Federal (MPF) das negociações.

Guedes contra os “fura-teto”. Após o presidente Jair Bolsonaro garantir que vai barrar o “movimento fura-teto de gastos, ficou claro: o ministro da Economia, Paulo Guedes, ganhou uma batalha por austeridade. Após dois auxiliares pedirem demissão (veja quem são os substitutos escolhidos), Guedes reclamou de “ministros fura-teto”, em clara alusão ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogerio Marinho, com quem vem “trocando farpas”. De Brasília, o correspondente Olavo Soares mostra como Guedes venceu, por enquanto, a disputa pelo teto de gastos. Mas a editora Fernanda Trisotto alerta: o risco de “desabamento” ainda existe.

Novo líder do governo na Câmara. Para fortalecer a articulação no Congresso, o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR) “causou”: defendeu a distribuição de cargos no governo e garantiu que irá “enfrentar servidores” para emplacar a reforma administrativa. Já o vice-presidente Hamilton Mourão contemporizou: o envio da reforma administrativa é uma decisão política de Bolsonaro.

Giro pelo mundo. Em novos capítulos da “nova guerra fria”, a China fez treinamentos militares perto de Taiwan enquanto secretário dos EUA estava na ilha. Em artigo, Mairead McArdle, da National Review, revela que a chinesa TikTok coletou dados usando uma tática banida pelo Google. Tensão também com Cuba: os EUA vão suspender voos fretados para pressionar a economia do país socialista. Por outro lado, Donald Trump mediou um acordo de paz histórico entre Israel e Emirados Árabes. Na América do Sul, a Venezuela registrou mais de mil casos de Covid-19 pelo 2º dia consecutivo.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Madeleine Lacsko traz a discussão: é melhor parar de lacrar e discutir como adultos se está na hora de voltar às aulas. Já o antropólogo Flavio Gordon questiona as 100 mil mortes por Covid-19. E em tempos de pandemia, podemos aprender com a metamorfose das starups; leia no artigo de João Kepler.

Leituras para o fim de semana. Momento de ficar atualizado sobre as eleições dos EUA. Colunista de política internacional, Filipe Figueiredo comenta a demora Joe Biden em oficializar a senadora Kamala Harris na chapa adversária de Trump. Em artigo no The Conversation, Christopher Devin faz um alerta: não espere que a escolha da vice democrata defina a eleição. Por falar nos EUA, John Stossel, do The Daily Signal, revela o racismo do movimento antirracista. E em ótima crônica, Polzonoff explica por que pensar é uma questão de escolha e liberdade.

Nossa visão

O teto e a fundação. Para efeitos de ajuste fiscal, 2020 já estava dado como perdido, levando governo e Congresso a concordar que era preciso gastar o quanto fosse necessário para atenuar a pandemia. Mas com as suspeitas crescentes no mercado financeiro sobre o futuro da pauta liberal, Bolsonaro se apressou em tentar acalmar investidores. É hora de discutir o teto de gastos no editorial da Gazeta do Povo.

Parece evidente que as pretensões de Bolsonaro em 2022 também serão levadas em conta nesta escolha entre a austeridade e a gastança. O aumento de popularidade que o presidente vem colhendo como resultado de algumas políticas de combate aos efeitos da pandemia baseadas na expansão da despesa soa tentador. Mas até mesmo o cálculo puramente eleitoral recomendaria o lado da responsabilidade fiscal. Sem ela, não haverá retomada em “V”.

Para inspirar

Para dar um tempo. A equipe de Esportes da Gazeta do Povo preparou um especial de interesse para todo Brasil: Curitiba poderia ter hoje o maior clube do país. Os editores Fernando Rudnick e André Pugliesi mostram como seria o maior clube do Paraná (que nunca existiu, mas quase foi criado). O projeto pretendia reunir Athletico, Coritiba e Paraná Clube.

Aproveite o fim de semana para colocar suas leituras da Gazeta do Povo em dia. Bom descanso!

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