• Carregando...
Imunidade de rebanho: São Paulo e Manaus podem estar perto?
Imunidade de rebanho: São Paulo capital e Manaus podem estar perto?| Foto: Cameron Casey/Pexels

Para começar esse resumo de notícias. Segundo pesquisadores das universidades de Estocolmo (Suécia) e Nottingham (Reino Unido), a chamada imunidade de grupo (quando uma porcentagem da população cria anticorpos) seria de 43% para o coronavírus.  Se a teoria estiver certa, duas capitais podem estar próximas de atingir a imunidade de rebanho: São Paulo e Manaus.

Fatores considerados. Além desses 43% necessários para a imunidade de rebanho, os estudos consideram ainda a heterogeneidade da população. Isso significa há taxas superiores de contágio em uma parcela da população jovem (mais exposta).

Entenda melhor. Essa hipótese da imunidade de rebanho em São Paulo e Manaus foi levantada pelo biólogo Fernando Reinach. Mas o quadro é complexo. Confira na reportagem de Fernanda Trisotto o que deve ser levado em conta e analisado antes de “comemorar” a redução na taxa de contágios.

Utilidade pública: imunidade de rebanho e anticorpos

Imunidade controversa. Apesar do indicador da imunidade de rebanho em São Paulo e Manaus, a ciência pode dar um “banho de água fria” nessa expectativa. O King’s College London (Inglaterra) fez repetidos testes de anticorpos contra coronavírus em pessoas que tiveram a enfermidade. Como revela reportagem de Helen Mendes, os anticorpos teriam “prazo de validade” pequeno, aumentando a chance de reinfecção.

1,9 milhão de casos de Covid-19. Essa marca foi superada pelo Brasil nesta terça (14). Segundo o último boletim do Ministério da Saúde: são 1.926.824 casos e 74.133 óbitos pela doença. Veja os dados completos das últimas 24 horas. Quanto à testagem, Agência Nacional de Saúde (ANS) conseguiu derrubar uma decisão judicial que obrigava planos de saúde a bancarem testes sorológicos de coronavírus; saiba qual é o teste pago obrigatoriamente pelas seguradoras.

PR, SC e RS. Enquanto alguns países retomaram o confinamento parcial, o governo do Paraná decretou o fim da chamada “quarentena restritiva”, exceto no Litoral. Roger Pereira explica o que abre e continua fechado no estado, o primeiro do Sul a atingir mil mortes pela Covid-19 e que atingiu novo recorde de óbitos ontem (14). Também nesta terça, foi a vez do Rio Grande do Sul alcançar a triste marca de mil mortes. O estado gaúcho tem 1.060 óbitos e 40.993 infectados pelo vírus. Santa Catarina tem 46.050 casos, com 534 mortes.

Além da imunidade de rebanho, a vacina:

Política e economia

Coronavírus na economia. Nesta terça (14), foi publicado o decreto que autoriza a prorrogação de acordos para a redução de jornada e salários e suspensão de contratos; veja os novos prazos no texto de Giulia Fontes. E direto de Brasília, a correspondente Jéssica Sant’Ana mostra os bastidores da nova batalha do governo: evitar derrubada do veto de Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos, renovada justamente na conversão em lei da medida provisória da redução salarial e suspensão de contratos. Para conseguir apoio, o governo inclusive quer reconquistar o PSL após o racha no ex-partido de Bolsonaro.

Qual é o foco? Nossa correspondente também faz um alerta: a MP que flexibilizou regras trabalhistas durante a pandemia do novo coronavírus vai caducar se não for votada esta semana no Senado. Na “vizinha” Câmara, Rodrigo Maia voltou os olhos para a reforma tributária, e quer retomar os debates. Mas parece que o foco dos deputados é outro: 120 deputados planejam se candidatar a prefeito em novembro; confira os nomes.

AGU x Lava Jato; Gilmar x Forças Armadas. A Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal que o governo decida o destino de valores recuperados por operações como a Lava Jato. A força-tarefa respondeu: disse que havia acordo para o combate da pandemia. Em outro “confronto aberto”, a Defesa enviou representação à Procuradoria-Geral da República contra Gilmar Mendes, ministro do STF, que associou o Exército a um “genocídio” pelas mortes do coronavírus. Ele não voltou atrás e disse que Bolsonaro cria “ônus” para militares no Ministério da Saúde.

Giro pelo mundo. Donald Trump voltou atrás e os Estados Unidos não irão mais deportar estudantes estrangeiros matriculados em instituições de ensino superior à distância. Por outro lado, o país não cedeu quanto à pena de morte: executou o primeiro prisioneiro federal em 17 anos. Editora de Mundo, Isabella Mayer mostra ainda que a China condenou as eleições primárias para a vaga no Conselho Legislativo de Hong Kong. Os asiáticos também sofreram um revés no Reino Unido, que vai banir a Huawei da infraestrutura 5G.

O que mais você precisa saber hoje

Podcast 15 Minutos

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Quando não se entende algo, é melhor ficar quieto. Madeleine Lascko revela: não foi isso o que aconteceu com setores da imprensa quanto ao secretário do Ministério da Saúde esculachado por acertar na orientação de compra de equipamentos no combate à pandemia. Nessa linha de disparates, Paulo Polzonoff apresenta como o caso Gilmar Mendes revela sentimentos que definem nosso tempo: raiva e rancor. Já a colunista Cristina Graeml traz uma entrevista com o prefeito de Itajaí, uma das cidades que usam ivermectina para prevenir Covid-19. Outras duas no Paraná fazem o mesmo.

Debates essenciais. Choveram críticas à Turquia por devolver o status de mesquita à Basílica de Santa Sofia. O Papa Francisco lamentou. Colunista de política internacional, Filipe Figueiredo explica: é uma decisão política e de retrocesso turco. Já que o tema é religião, entenda o que levou Bolsonaro a pedir a proteção de fiéis da Igreja Universal em Angola. E Tiago Cordeiro levanta uma situação grotesca: a não ser em “hipóteses excepcionais”, ações policiais em favelas do Rio de Janeiro estão proibidas na pandemia. Resultado: crianças morrendo nas mãos do tráfico por decisão do STF.

Nossa visão

Ano de prejuízos. As estimativas mais realistas indicam que o PIB nacional terá queda entre 6,5% e 9%. O desemprego, na melhor das hipóteses, sairá de 12 milhões para 20 milhões. Praticamente todas empresas sentiram o baque. Com esse cenário, é importante levantar os prejuízos da crise o ônus da dúvida; este é o tema de nosso novo editorial. Leia agora!

Há um grupo de pessoas que não foram prejudicadas, em termos de queda de renda e perda de emprego, que é o grupo dos servidores públicos, beneficiados por decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo redução de seus salários, ainda que temporária, mesmo com o mundo desmoronando em uma gigantesca crise na saúde pública, na economia e no mercado de trabalho.

Para inspirar

Empatia. A Equipe Sempre Família traz uma história de encher os olhos: uma menina de 8 anos aprendeu a língua de sinais para cumprimentar um entregador surdo; veja  e perceba como no meio do isolamento as crianças conseguem fazer milagres para motivar adultos.

Tenha um bom dia!

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]