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O chargista Paixão está de férias | Tânia Rêgo/Agência Brasil
O chargista Paixão está de férias| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Bom dia!

A tramoia começou lá atrás, em julho, quando os deputados aproveitaram a discussão de um projeto de lei sobre as Agências Reguladoras. A ideia era estender para elas os critérios técnicos aprovados em 2016 para indicação a cargos nas empresas estatais. Os deputados se revoltaram e resolveram dar dois passos para trás, aprovando uma flexibilização na Lei das Estatais na comissão especial que discutia o tema. O objetivo é facilitar as indicações políticas.

O projeto teria ido direto para o Senado, mas um recurso apresentado por 71 deputados garante que a modificação tenha de passar pelo plenário da Câmara. Agora, os deputados que não se reelegeram estão pressionando o autor do recurso e o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tentar garantir a mamata em 2019. Querem de todo jeito que a matéria siga para o Senado.

Inchaço

Falando em estatais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), indicou para o comando da Petrobras o economista Roberto Castello Branco, professor da FGV que já defendeu a privatização da petroleira. Bolsonaro, por sua vez, admitiu em entrevista a possibilidade de privatizar “parte” da empresa. Uma palhinha do que já escreveu Castello Branco:

Num país com tantas deficiências em saúde, educação, saneamento básico e segurança pública, com endividamento elevado e crescente e baixa produtividade, definitivamente não faz sentido manter centenas de bilhões de dólares alocados no capital de estatais, exercendo atividades que poderiam ser desempenhadas com sucesso pela iniciativa privada. Não privatizar significa optar por ser mais pobre no futuro.

Aliás... Uma boa hora para se perguntar com o Ricardo Amorim: pra que raios o Brasil tem 418 empresas estatais? Mistérios...

Fly me to the moon

Não é de hoje que o investimento em ciência está patinando no Brasil, mas os cientistas ganharam um novo alento com a indicação de Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e da Tecnologia e sinalizações positivas de Bolsonaro. A meta? Chegar a 3% do PIB.

Os primeiros nomes

Começaram a aparecer os primeiros nomes da equipe de Sergio Moro: Rosalvo Franco Ferreira, ex-superintendente regional da Polícia Federal no Paraná, e Erika Mialik Marena, uma das primeiras delegadas a comandar a Lava Jato e que nomeou a operação. O mais cotado para diretor-geral da Polícia Federal é Maurício Valeixo, que hoje é o chefe da polícia do Paraná.

Tchau, querida

E ficou mesmo para 2019: a equipe de transição e parlamentares próximos de Bolsonaro já admitem que não tem clima ou condição de votar qualquer coisa da Reforma da Previdência este ano, mesmo o que nem precise de emenda constitucional.

As aventuras da política

No editorial de hoje (20), a Gazeta do Povo identifica três eixos que vão ficando claros com as nomeações para o alto escalão do governo e em declarações do presidente eleito e da equipe:

O primeiro eixo é a clara intenção de priorizar um sistema econômico baseado nos pilares da livre iniciativa [...] e a gestão do governo com austeridade e equilíbrio das contas públicas [...] O segundo eixo se dirige a ampliar a inserção do Brasil na economia internacional, aumentar o movimento de comércio exterior e alinhar o Brasil às nações livres, baseadas na democracia política, no capitalismo liberal e na garantia dos direitos individuais [...] O terceiro eixo do governo Bolsonaro se dirige a duas questões internas: o combate à corrupção e a redução da taxa de criminalidade.

Mas a Gazeta do Povo também alerta:

Não há de esperar progressos fantásticos no curto prazo, muito menos alimentar a ilusão de que, ao fim de quatro anos, a corrupção e os homicídios tenham deixado de existir. Mas é, sim, bastante realista alimentar a esperança de que haja redução significativa dessas duas doenças sociais que tanto maltratam a sociedade brasileira e dificultam sobremaneira o progresso material, a melhoria do bem-estar social e o avanço na redução da pobreza.

E por que, na política, as instituições importam, para além das virtudes individuais? O colunista Bruno Garschagen explica como incentivos formais e informais acabam, na prática, premiando vícios individuais e aponta uma direção para a solução:

Que a equipe de governo de Bolsonaro e os parlamentares conservadores e liberais eleitos reformem para melhor o que puder ser reformado, que tirem o Estado nocivo das nossas vidas, que coloquem para funcionar com eficiência os instrumentos estatais necessários (como a segurança pública) e que jamais se esqueçam do vaticínio de Ronald Reagan, presidente conservador dos Estados Unidos entre 1981-1989: o governo é o problema, não a solução.

Incentivos

Bomba no mundo corporativo. O brasileiro Carlos Ghosn, um dos executivos mais importantes da indústria automobilística, foi preso no Japão e será demitido depois que a Nissan descobriu “atos significativos de má conduta”. Ghosn não é o primeiro: confira outros 5 casos de altos executivos que cometeram abusos no comando de grandes empresas.

Vai sair de férias?

Considere esta recomendação da Sharon Abdalla (Haus): “Com 18 andares, um hotel deslumbrante construído dentro de pedreira abandonada na China tem cachoeira artificial e aquário gigante. São 333 quartos e 127 vagas de garagem com projeto que exigiu um investimento total de 288 milhões de dólares – cerca de R$ 1,08 bilhão.” 

Quem viu no MasterChef?

Gosto muito. Andrea Torrente (Bom Gourmet) recomenda: “Se você gosta de frutos do mar, tem que conhecer as vieiras, primas nobres da ostra. Veja dicas para prepará-las em casa e duas receitas para você se inspirar!” 

Volta ao mundo em 1 minuto

Trump, Trump, Trump. Helen Mendes (Mundo) escreve: 

Troca de farpas. Em entrevista à televisão, o presidente Trump criticou o comandante da operação que capturou e matou Osama Bin Laden em 2011 no Paquistão. Ele disse que os Estados Unidos deveriam ter encontrado o terrorista ‘mais rápido’. O comandante aposentado William McRaven já havia criticado as políticas de segurança de Trump

Ainda ele. Trump deu algumas ideias sobre como manter as florestas da Califórnia seguras contra os fogos; uma delas é varrer o chão da floresta. O presidente diz ter se inspirado na Finlândia: ‘eles passam muito tempo rastelando, limpando e fazendo coisas, e eles não têm nenhum problema’. A sugestão não foi bem recebida por muitas pessoas, que acreditam que o problema é muito mais complexo. 

Parrilla. Em meio à recessão mais longa em 17 anos, trabalhadores da Argentina estão dispostos a fazer sacrifícios, consumindo menos pão e outros produtos, mas não querem abrir mão da carne bovina. ‘Sem o nosso churrasco de fim de semana, não poderíamos sobreviver’, diz um trabalhador da construção civil.”

Imagem do dia: 

Residentes locais fazem uma manifestação, em frente a uma estátua de Cuauhtemoc, contra os migrantes da América Central que estão indo aos Estados Unidos e passam por Tijuana, México. A caravana de migrantes, na estrada há mais de um mês, chegou à fronteira entre México e Estados Unidos, sem ser intimidada pelos milhares de soldados enviados por Trump para a regiãoGUILLERMO ARIAS/AFP

Paraná

Água salgada esta aqui a nossa, hein? Sandro Gabardo (Política Paraná) escreve: 

Money, money. A transição de governo no Paraná começou. Em reunião nesta segunda-feira (19), o governo Cida Borghetti passou informações financeiras para os integrantes da próxima gestão estadual. Segundo os dados, haverá dinheiro em caixa. Eleito para o governo do Paraná, Ratinho Junior terá encontro com seus pares de Santa Catarina e Rio Grande do Sul em que deve ser discutido o futuro do Banco Reginal de Desenvolvimento do Extremo Sul

Animados. A saída dos 458 médicos cubanos das cidades paranaenses deixou as prefeituras preocupadas. Uma solução, porém, parece estar sendo organizada pelo governo brasileiro. Um novo edital do programa Mais Médicos, com regras revistas para evitar que cidades fiquem sem candidatos inscritos, deixou os prefeitos otimistas

Salgada. A conta de água do Paraná é a mais cara do Brasil. E a tendência é esse cenário não sofrer qualquer mudança. Os reajustes no estado têm sido bem acima da inflação nos últimos anos. Saiba por que a tarifa da Sanepar é tão cara.” 

Comédia macabra. E Fernanda Leitóles (Curitiba) informa: “O caso do bebê que foi atacado por um macaco bugio dentro de um apartamento ocasionou um ‘empurra-empurra’ entre órgãos dos governos municipal, estadual e federal. O animal seria retirado da mata perto do condomínio pela Polícia Ambiental/Força Verde em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Araucária, mas o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proibiu a captura do bugio. Além disso, agora o IAP diz que precisa de autorização do Ibama, órgão federal, para poder fazer a busca pelo animal. Saiba mais sobre o imbróglio!” 

Curitiba

Conhece alguém precisando de bolsa de estudo? Confira a seleção dos nossos editores:

Triste. Fernanda Leitóles (Curitiba) indica: “Alguns crimes contra crianças e adolescentes desafiam a polícia, que, sem provas ou evidências, não consegue chegar aos culpados. Os assassinatos de Rachel e Tayná são dois exemplos. Além desses, os casos de João Rafale e Valentina também seguem sem solução. Entenda como está a investigação de cada crime.” 

História. Sharon Abdalla (Haus) recomenda: “Quase oitentão, o Edifício Santa Rosa, conhecido como o ‘termômetro’ da Praça Tiradentes, representou a vanguarda da arquitetura curitibana na primeira metade do século 20. Foi um dos primeiros prédios da cidade a ter elevador, que até hoje é o original da época.” 

Oportunidade. Fernanda Leitóles (Curitiba) recomenda: “Mais um colégio oferece bolsas de estudo em Curitiba e Região Metropolitana. Os descontos nas mensalidades variam entre 5% e 90%. Confira como participar da seleção!” 

Um ótimo dia a todos!

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