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Michel Temer, Bolsonaro e Líbano: missão diplomática brasileira
Michel Temer será o líder da missão diplomática brasileira no Líbano, a convite do presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Alan Santos / PR

Para começar esse resumo de notícias. Após a megaexplosão em Beirute há uma semana, manifestantes exigiram uma resposta do governo do Líbano e invadiram ministérios no sábado (8). Ministros pediram demissão e, nesta segunda (10), o primeiro-ministro renunciou. Com grande colônia libanesa, o Brasil decidiu ajudar o país-irmão. O nome escolhido liderar a missão foi o ex-presidente Michel Temer: filho de libaneses.

Por que Temer? O convite para Michel Temer (MDB) chefiar a missão brasileira de ajuda ao Líbano partiu do presidente Jair Bolsonaro. Mas não foi apenas a ascendência libanesa que pesou a favor do ex-presidente. Há um gesto político por trás do convite: tanto a Michel Temer quanto ao MDB. De Brasília, o correspondente Wilson Lima explica por que Bolsonaro resolveu convidar o ex-presidente Michel Temer para a empreitada no Oriente Médio.

O que será feito. Na quarta-feira (12), um avião da FAB com suprimentos decola e outros podem ser enviados. Médico brasileiros também irão ao Líbano e, junto com eles, serão doados 300 ventiladores pulmonares, remédios e 100 mil máscaras cirúrgicas. Os equipamentos, segundo o Ministério da Saúde, teriam sido comprados especialmente para a missão, sem prejuízo no combate ao coronavírus no Brasil.

Utilidade pública

Atualização. Em 24 horas, o Brasil registrou 22.048 casos e 703 mortes por coronavírus. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, são 3.057.470 infectados, 101.752 óbitos e 2.163.812 recuperados. Oficialmente, o país ultrapassou 100 mil mortes e 3 milhões de casos sábado (8). Nesta segunda (10), o interino da Saúde, Eduardo Pazuello, comentou a marca: “Não é um número que vai fazer a diferença ". Especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes garante: o Brasil já tinha passado 100 mil óbitos faz tempo.

Tratamento e treinamento. Diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan comentou a situação brasileira. Disse que a curva de mortes "está achatada, mas não diminuindo" e ressaltou que a hidroxicloroquina não é a solução. Nos hospitais, equipes estão sendo treinadas para o combate à doença. Amanda Milléo apresenta uma entrevista que explica como médicos e enfermeiros são treinados para se prevenir e tratar o coronavírus.  Em Curitiba, como prevenção, soldados do exército começaram a desinfectar ônibus.

Podcast 15 Minutos

Política e economia: além da missão de Michel Temer e Bolsonaro no Líbano

Judiciário. Tem mais gente de olho na vaga do ministro do STF Celso de Mello, que se aposenta em novembro: o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Otávio Noronha, vem feito acenos ao presidente. Outro virtual candidato, o procurador-geral da República, Augusto Aras, segue travando batalhas contra a Lava Jato, mas sofreu uma derrota: perdeu a maioria do Conselho Superior do MPF; leia na reportagem de Kelli Kadanus, de Brasília. Em outra derrota de Aras, o ministro do STF Edson Fachin negou recurso da PGR para acessar o banco de dados da Lava Jato.

Pobreza e renda. Criticado pelas ações de combate à pandemia, pelo menos em uma área, o Brasil conseguiu avanços. O auxílio emergencial reduziu a extrema pobreza ao menor nível em 40 anos; confira na reportagem de Fernanda Trisotto, que também apresenta os riscos de uma mudança às pressas do programa Bolsa Família para o Renda Brasil.

Educação. Se por um lado o país viu a pobreza reduzir, na educação, há um risco, segundo Ilona Becskeházy, demitida da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC). Ela teme que a gestão da educação básica retroceda e diz ter sido demitida pelo Twitter; leia na matéria de Isabelle Barone, de Brasília. Como o tema é educação, vale também o debate sobre homeschooling, mais um tema no qual o Chile supera o Brasil; entenda no texto de Jônatas Lima.

Giro pelo mundo. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump foi retirado às pressas de uma coletiva após disparos fora da Casa Branca. Em Cannes, na França, a cidade entrou em pânico por uma suspeita de ataque a tiros. Já em Hong Kong, um magnata da mídia pró-democracia foi preso sob a nova lei de segurança da China. Sobre o tema, a editora de Mundo Isabella Mayer mostra que Hong Kong não é mais a mesma após 40 dias a lei de segurança entrar em vigor.

O que mais você precisa saber hoje

Entenda em 1 Minuto

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. A marca de 100 mil óbitos por coronavírus no Brasil divide opiniões. Quer dois exemplos? Rodrigo Constantino diz que é absurdo culpar o presidente pela marca, enquanto Mario Vitor Rodrigues condena Bolsonaro por genocídio. O escritor e jornalista Paulo Polzonoff tenta entender a tal acusação de genocídio.

Leituras para a semana. A doutora em Filosofia Bruna Frascolla fez uma resenha da recém-publicada autobiografia da deputada Tabata do Amaral (PDT-SP). Já Gabriel de Arruda Castro mostra por estatísticas por que o Brasil não pode importar o discurso racial dos EUA. Diogo Schelp também traz uma ótima reflexão ao provar que ‘tendencioso’ é a palavra mágica das mentes preguiçosas.

Nossa visão

Privacidade ameaçada. Em breve, a Câmara deve votar o Projeto de Lei 2.630, popularmente conhecido como “Lei das fake news”. Ainda que o texto aprovado no Senado tenha retirado muitos pontos controversos, como o foco de combater a “desinformação”, restam problemas que demandam atenção especial de toda a sociedade. Tema para editorial da Gazeta do Povo; leia agora.

Certamente, o mais preocupante ponto diz respeito aos riscos para a privacidade dos cidadãos que utilizam de aplicativos de mensagens como WhatsApp ou Telegram. Com o objetivo declarado de combater a disseminação em massa das fake news, o projeto prevê um dispositivo que possibilita o rastreamento de mensagens que se espalharam por determinado número de contas.

Para inspirar

Começou a semana estressado? É bom saber a diferença entre o estresse positivo e o tóxico. Repórter da Equipe Sempre Família, Lucian Haro entrevistou especialistas que mostram o que é o estresse tóxico, quais são os sintomas e o que desencadeia o problema.

Tenha uma ótima semana!

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