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Rio de Janeiro – Até que enfim. Já disseram que a humanidade, que tanto progrediu em valores materiais, tecnológicos, não progrediu em valores morais e espirituais porque não conseguiu desvendar mistérios de sua história e aí entram o Santo Graal, que até hoje ninguém achou, e a ossada de Dana de Teffé, que, na minha opinião, emperra o desenvolvimento nacional e a felicidade geral da nação, com ou sem o hexacampeonato.

Descobriram agora a ossada de um jornalista assassinado em 2003, um de seus seqüestradores deu o serviço. Há seguramente muitas outras ossadas em solo nacional, bandidos comuns, contestadores do regime militar de 64, adúlteras que foram enterradas por maridos ciumentos e bem-sucedidos, se não na cama, no crime.

Dana de Teffé escapa de tudo isso. Não era bandida, nem mulher infiel na ocasião de sua morte. Nem guerrilheira, embora tenha sido espiã de alemães, russos, ingleses e mexicanos. Foi também bailarina clássica, casou-se com um brasileiro e veio riquíssima desfrutar o paraíso tropical. Juntou-se a um advogado esperto que, tudo indica, a matou e enterrou seu corpo em lugar até hoje ignorado. Durante meses, polícia e jornais buscaram a sua ossada, o advogado não pode ser condenado porque o corpo da vítima nunca foi encontrado.

A partir daí, conseguimos muita coisa: conquistamos cinco campeonatos mundiais, temos auto-suficiência de petróleo, um brasileiro foi ao espaço, tivemos três campeões de Fórmula Um, elegemos um operário para a Presidência da República.

Mas estamos longe da bem-aventurança. Continuamos com mais problemas do que soluções. Enquanto não descobrirmos a ossada de Dana de Teffé, outras ossadas serão descobertas e não iremos para a frente.

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