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Leio nas folhas que, em 2025, São Paulo será a maior cidade do mundo. Não entendo muito desse tipo de previsão, mas acho que a cidade já é a terceira ou quarta e tem justamente em seu gigantismo a base maior de seus problemas – o trânsito em primeiro lugar, as enchentes em segundo.

Não é apenas a população nativa que sofre com os problemas urbanos da chamada Pauliceia Desvairada. Os que precisam ir a São Paulo tratar de trabalho ou da saúde também sofrem com o trânsito, que até agora parece não ter uma solução prevista. Andei recentemente pelas grandes cidades do Japão e da China e reparei que a solução para o trânsito foram os viadutos, em alguns casos, de viaduto em cima de viadutos, formando nas regiões centrais três andares de vias expressas.

Seria, mal comparando, fazer mais dois viadutos em cima do Minhocão, com acessos e saídas para as zonas que ficariam fora do eixo principal do tráfego. Na minha ignorância generalizada, acho que a solução enfeia demasiadamente a paisagem. Mas São Paulo não é conhecida nem louvada pelos seus encantos urbanos, como o Rio.

Já tive um pesadelo, sonhando que abri a minha varanda e dei com um viaduto em cima da Lagoa, ligando o trânsito do túnel Rebouças (zona norte do Rio) com os túneis que seguem em direção à Barra.

Não sei não, mas haverá um ponto de não retorno em que o viaduto ou outro recurso acabrunhante qualquer será necessário para evitar a progressão geométrica do tráfego. Vão-se os anéis e salvam-se os dedos – a sabedoria pessoal será estendida à sabedoria das grandes metrópoles.

A solução do metrô é uma ideia que vem do final do século 19 e, embora caríssima, não resolverá os problemas da maior cidade do mundo.

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