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Filme antigo de Bob Hope, dos anos 50. Ele é um barbeiro que se faz passar por embaixador da França na Espanha. Mete-se em encrencas e é desafiado para um duelo por um nobre da corte de Madri. Espera em seu salão, o mordomo anuncia a chegada do rival:

– El señor Don Juan de las Cruzes y Toros y Toros de la Concepcion Imaculata Aguirre e Pablo Asturias Torres y Torres de Aragon e Castella!

O falso embaixador se espanta: "São tantos assim?" Mas não foge do dever de enfrentá-los em nome de sua honra e da honra da França: "Que venha um de cada vez!"

Pulo de Bob Hope para Barack Obama. Não se trata de um barbeiro impostor mas o destino preparou-lhe alguns desafios que praticamente se transformaram em duelos. Evidente que ele sabia dos muitos problemas que o esperavam na presidência de um país complicado interna e externamente.

Dois desses desafios foram estudados por sua equipe, bem ou mal estavam abertos antes de sua posse: as guerras em processo e a crise que tem seu núcleo nos Estados Unidos, referência obrigatória da economia mundial.

Além disso, em seus primeiros dias na Casa Branca, ele criou por conta própria um problema suplementar com a escolha de alguns membros para o primeiro escalão de seu governo – o que obrigou a pedir desculpas à Nação.

Como o barbeiro na corte espanhola, ele deve se admirar dos problemas que são tantos, alguns inesperados, como no caso da nomeação de seus auxiliares mais próximos.

Não sei se será o caso de repetir a bravura do falso embaixador, mandando que cada desafio venha um de cada vez. Obama é moço, cheio de entusiasmo e vontade de acertar. Não se trata de um impostor no poder. Mas já enfrenta um duelo que decidirá o seu destino e a sorte do mundo.

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