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De norte a sul, de leste a oeste, vão pingando as felizes notícias das derrotas dos ativistas que vinham tentando incluir a ideologia de gênero nos planos municipais e estaduais de educação, após sua derrota no nível federal.

A tática desconstrucionista da teoria do “gênero” é a aplicação de uma categoria gramatical (“garfo” é masculino e “faca” é feminino, por exemplo) aos sexos humanos, em contraponto ao masculino e feminino biológicos. Haveria um “gênero” diverso do sexo e, nos casos em que ambos fossem o mesmo, a pessoa seria “cisgênero”. Apelar a tão mau uso da gramática já funciona mal em inglês, em que existe um gênero neutro. Como em tantas outras modas importadas, em português isso simplesmente não faz sentido.

Para negar a biologia, os ativistas pregam que viria da criação toda diferença entre meninos e meninas; meninos criados como meninas virariam mulheres felizes, e a realidade que se exploda. Ao mesmo tempo, todavia, haveria pessoas que estariam de alguma forma “presas num corpo do sexo oposto”.

Homens e mulheres são, felizmente, muito diferentes. A diferença é perceptível desde o ventre materno

E é aí que começam a fazer vitimas, como em toda tentativa de conformar o real ao imaginário. Há os que chegam a negar o próprio sexo e acabem convencidos por este discurso a submeter-se a cirurgias (anti)estéticas para que sejam castrados, ganhem seios e quadris de silicone, e o que mais sirva para que “se tornem” mulher. Alguns chegam a raspar o pomo-de-adão para perder o gogó.

Ora, não há nenhuma diferença essencial entre rechear um sutiã com laranjas e implantar seios de silicone. Um homem castrado não deixa por isso de ser homem. Tanto antes quanto depois da cirurgia, ele é tão “mulher” quanto é obesa uma pobre mocinha anoréxica. O problema está na autoimagem do rapaz, não numa quimera absurda em que um cérebro de um sexo estaria preso em um corpo do sexo oposto. Consentir numa tal cirurgia é uma crueldade, ao mesmo tempo negando o tratamento real do verdadeiro problema e mutilando o paciente.

Homens e mulheres são, felizmente, muito diferentes. A diferença é perceptível desde o ventre materno (não, não é possível gerar crianças num ventre paterno) e não se resume a sinais estéticos. Homens que se odeiam não são membros do sexo oposto, por mais que queiram negar o que veem todos os dias no espelho.

Quem realmente ama essas pessoas deveria ajudá-las. Ajudar um anoréxico desnutrido a esconder que vomita tudo o que come não é um ato de amor, como não o é ajudar alguém a mutilar-se cirurgicamente na ilusão de vir a tornar-se membro do sexo oposto.

Não existe mudança de sexo. Nem gênero.

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