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Os jovens e adolescentes constituem a maioria da população. Eles representam um enorme potencial para o presente e o futuro da nossa sociedade. Os jovens são sensíveis na descoberta de sua vocação. São chamados a serem "sentinelas do amanhã", comprometendo-se na renovação do mundo. Eles não temem o sacrifício, nem a entrega da própria vida. Por sua generosidade, são chamados a servir os irmãos, principalmente aos mais necessitados com todo o seu tempo e vida. Possuem a capacidade de opor-se às falsas ilusões da felicidade e ao paraíso enganosos da droga, prazer, o álcool e todas as formas de violência. Na sua busca do sentido da vida, são capazes e sensíveis para procurar descobrir o chamado particular de Jesus Cristo. Por outro lado, constatamos uma preocupação com a juventude que atravessa situações significativas: as conseqüências da pobreza que limitam o crescimento harmônico de suas vidas e gera exclusão; a socialização que, com sua transmissão de valores, já não se dá prioritariamente nas instituições tradicionais senão em novos ambientes de forte carga de alienação; novas formas de expressões culturais, produto da globalização que afeta a sua própria identidade pessoal e social. São presas fáceis de novas propostas religiosas e pseudo-religiosas.

A crise pela qual hoje a família atravessa acarreta nos jovens profundas carências afetivas e conflitos emocionais. Sofrem os efeitos de uma educação de baixa qualidade, permanecendo debaixo de níveis necessários para a competitividade, somados a enfoques antropológicos reducionistas que limitam seus horizontes de vida e dificultam tomadas de decisões duradouras. Constata-se uma ausência de jovens na política, devido à desconfiança que geram as situações de corrupção, o desprestígio dos políticos e a busca de interesses pessoais frente ao bem comum.

Há uma grande preocupação de suicídios de tantos jovens. Outros não têm a possibilidade de estudar, de trabalhar e muitos deixam o próprio país por não encontrar um futuro, trazendo os fenômenos da mobilidade humana. Preocupa também o uso indiscriminado e abusivo do mundo da comunicação virtual por parte de muitos jovens. É necessário valorizar os jovens, propondo-lhes os valores éticos e morais, a fim de garantir-lhes a realização plena de sua dignidade como ser humano. Urgir a capacitação dos jovens para que tenham as oportunidades no mundo do trabalho e do mundo juvenil. Cultivar com amor e carinho a juventude é abrir as portas para o futuro de uma sociedade mais justa e fraterna. Dom Moacyr José Vitti CSS, é arcebispo metropolitano.

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